O que você falou? https://oquevocefalou.com.br/ Um blog sem licença-paternidade Wed, 27 Jul 2022 10:15:25 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 https://oquevocefalou.com.br/wp-content/uploads/2019/03/cropped-o_que_voce_falou_favicon-2-32x32.jpg O que você falou? https://oquevocefalou.com.br/ 32 32 Mais paciência com os filhos, por favor https://oquevocefalou.com.br/paciencia-com-os-filhos/ https://oquevocefalou.com.br/paciencia-com-os-filhos/#respond Sun, 17 Jul 2022 16:43:01 +0000 https://oquevocefalou.com.br/?p=9930 A paciência com os filhos é um dos principais desafios do milhão (ou micão) da maternidade e da paternidade, e que tem suas origens sendo estudadas pela ciência. Os especialistas até dão algumas dicas que podem ajudar na melhor relação com os pequenos. Porque assim como dizem que o diabo mora nos detalhes, ter paciência ...

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A paciência com os filhos é um dos principais desafios do milhão (ou micão) da maternidade e da paternidade, e que tem suas origens sendo estudadas pela ciência. Os especialistas até dão algumas dicas que podem ajudar na melhor relação com os pequenos.

Porque assim como dizem que o diabo mora nos detalhes, ter paciência e menos ansiedade com os filhos é como dar remédio a eles: é no conta-gotas, de pouquinho em pouquinho.

Por isso, vamos tentar entender juntos neste post como podemos desenvolver e exercitar essa qualidade tão necessária para mães e pais na boa relação com os filhos.

E isso exige muita disciplina e dedicação de todos nós. A dedicação, por exemplo, de nos ajoelharmos e olharmos nos olhos deles. Mesmo nas situações mais caóticas e sem controle, como quando teimam em não ir embora quando já é hora.

Também é a calma especial de esperar até que eles se sintam à vontade para compartilhar sentimentos que sequer sabem ainda reconhecer e contar.

Essa paciência requer zelo, entrega autêntica e consciência de que a molecada precisa de pais pacientes. Ou seja, tablets na mesa de jantar, celulares no carro ou outras decisões fáceis não adiantam. Não salvam as nossas peles.

De onde vem a paciência com os filhos?

Boa pergunta. Para tentar entender isso, precisamos voltar ao tempo dos primatas. Ou seja, às nossas origens porque cada vez mais pesquisas desvendam os mistérios da paciência – a mesma que precisamos na paternidade e maternidade mais ativas.

Cientistas estão descobrindo, por exemplo, que chipanzés (Pan troglodytes) e bonobos (Pan paniscus) também conseguem ser pacientes – ou esperar pela recompensa, como a ciência define ser paciente.

Ou seja, não somos os únicos animais a ter essa capacidade.

O contexto da paciência nos chipanzés e bonobos, segundo a pesquisa As origens evolutivas da paciência humana: preferências temporais em chimpanzés, bonobos e adultos humanos, seria esse:

  • Os animais participantes do estudo podiam escolher entre uma recompensa pequena e imediata (duas metades de uva) e uma recompensa maior e não imediata (seis metades de uva);
  • Os macacos tomaram decisões em intervalos mais longos do que outros animais. E os chipanzés tendem a ser mais pacientes do que bonobos;
  • Os chimpanzés habitam ambientes em geral com menos disponibilidade de comida, o que não acontece com os bonobos;
  • Nós humanos somos menos propensos a esperar por recompensas alimentares do que os chimpanzés;
  • Nós temos mais paciência por recompensas monetárias do que por comida. Ao pedirem para as pessoas do estudo escolherem entre dez dólares em 30 dias e 11 dólares em 31 dias, os cientistas viram que a maioria prefere a recompensa maior.

Ou seja, desenvolvemos ao longo da evolução da nossa espécie a capacidade de esperar.

Carregamos dentro de nós a habilidade de dar tempo às recompensas, justamente o que o convívio do dia a dia exige de todos nós em várias situações.

E tem convívio tão intenso quanto o que temos com a molecada?

O teste do marshmallow: novas descobertas!

Você já ouviu falar do experimento do marshmallow? Agora que sabemos um pouco mais como desenvolvemos a capacidade de ser pacientes e de ter autocontrole, devemos conhecer melhor esse tal teste do marshmallow.

Na década de 1960, o psicólogo Walter Mischel e alguns dos seus alunos na Universidade de Standford pediram a crianças da pré-escola da Bing Nursery School, na mesma universidade, que tomassem uma decisão muito difícil:

Comer o marshmallow imediatamente ou esperar cinco minutos e comer dois.

Imagine-se diante desse dilema! O que você faria?!

Os resultados do estudo seriam uma prova de que “o autocontrole das crianças em idade pré-escolar, ao retardar a satisfação na expectativa de mais guloseimas, é um previsor tão poderoso do sucesso e do bem-estar futuro“.

Capa do livro O teste do Marshmallow, disponível na Amazon
Livro O teste do marshmallow, na Amazon

O impacto desse estudo foi grande:

  • Mudou matrizes curriculares em escolas nos Estados Unidos;
  • Influenciou processos de contratação em instituições financeiras;
  • E gerou inúmeros debates e pesquisas subjacentes.

E uma delas, aliás, contesta justamente o ponto central do experimento do marshmallow.

A força de vontade por não ser chave do sucesso

Mischel tentou mostrar que o autocontrole (ou também a capacidade de retardar a satisfação imediata) seria o segredo do sucesso na vida adulta.

Ou seja, a conclusão à época foi: quanto mais pacientes na infância maiores a probabilidades de sermos adultos melhor resolvidos.

Porém, uma nova pesquisa se contrapõe a isso: retardar a gratificação, na infância, não define tanto seu futuro como o experimento do marshmallow quis sugerir.

Isso porque existem questões e forças mais significativas – e bem repetitivas na vida – que nos impedem de, realmente, sermos o mais pacientes possível.

Importante: esse não é o teste original

Você pode ler uma matéria bem completa sobre essa nova pesquisa (uma replicação do teste original) na Vox.

Mas o resumo é: a relação entre ser paciente e ter melhores resultados na vida é muito mais complexa do que se pensava anteriormente.

Como as crianças lidam com a paciência no começo?

Já a pesquisadora Pamela Cole, professora de psicologia na Penn State University, descobriu com um estudo que as crianças, no começo da vida, reagem de formas diferentes à espera por algo.

Dos 18 meses aos 2 anos de idade

Nessa faixa etária, as crianças participantes do estudo demonstraram raiva mais rapidamente e demoraram mais para desviar a atenção do objeto que desejavam.

3 anos de idade

O tempo passa, e as coisas mudam. Por isso, a partir dessa idade, segundo a pesquisa, as crianças começam a se distrair com mais facilidade, antes mesmo de demonstrarem raiva por não terem o que querem.

E mesmo nos casos em que esse sentimento surgiu, a intensidade foi menor.

4 anos de idade

Nessa faixa de idade, as crianças começam a pôr em prática uma habilidade muito humana: a barganha.

Isso mesmo: ao se verem privadas do que desejam, elas fazem propostas antes de se irritarem e de se distrairem por outra coisa.

A paciência com os filhos começa nos pais

Pai que não tem paciência com os filhos… O pai que estoura… Os pais que perdem a linha… Chegar ao ponto de perder a paciência com as crianças é o que gostaríamos de evitar sempre.

Mas o sempre é impossível, convenhamos.

O que precisamos entender coletivamente é que a calma com os filhos faz bem não só a nós pais e mães, mas, principalmente, aos nossos filhos.

Sim, uma outra pesquisa demonstrou que crianças que crescem entre adultos pacientes têm uma série de vantagens:

  • Crianças de famílias mais tranquilas são mais saudáveis;
  • Têm melhor saúde mental;
  • Desenvolvem melhores habilidades de relacionamento;
  • E tendem a ter mais facilidade para alcançar seus objetivos.

Parece óbvio, mas quem se arrisca a dizer que proporciona de fato um mar de calmaria para os filhos?

Eu não arrisco, afinal a vida não é preto no branco. Muito menos paz e a amor apenas.

E toda família tem seus altos e baixos, por mais que tentemos ser o mais equilibrados possível. Quem consegue ser isso, verdade?!

Como, então, ajudar os filhos a desenvolverem a paciência?

Se os pequenos demonstram diferentes habilidades de autocontrole de acordo com a idade, precisamos saber como ser úteis para eles mais corretamente.

Pamela Davis-Kean, professora de psicologia da Universidade de Michigan, tem algumas dicas.

Menos de 2 anos de idade

Com pequenos nessa faixa, podemos ser mais claros e diretos (e empáticos, claro!). Por exemplo:

  • — O papai está no telefone. Nessas horas, você precisa esperar.
  • — Não interrompa quando alguém estiver falando.

4 anos

Aqui, podemos completar as orientações com outras distrações. Alguns exemplos:

  • — Nós não vamos embora ainda porque não terminamos de almoçar. Mas que tal você colorir esse desenho? (aliás, esse é um ótimo exemplo para quando estamos em restaurantes)
  • — Eu sei que você quer mais um pedaço de bolo. Vamos brincar e depois comemos?

A partir dos 5 anos

Já mais acostumados aos relacionamentos e a diferentes situações (principalmente por causa do convívio na escola), as crianças já podem receber explicações mais elaboradas de como lidar com a paciência:

— Filho(a), aqui nós não podemos pegar nas coisas porque os donos da loja não gostam.
— Hoje não vamos ficar até mais tarde porque combinamos com a vovó de almoçar com ela, lembra? E lá, na casa dela, também vamos brincar bastante.

Nosso desafio como pais: criar memórias, não expectativas

Dicas práticas para explicar a paciência às crianças

Isso é muito importante: tentar explicar o bê-a-bá da paciência para os filhos porque é um processo fundamental para aprenderem a ser pessoas mais calmas e empáticas em meio ao caos.

Precisamos lembrar:

  • Os filhos estão em constante desenvolvimento, assim como suas emoções;
  • Daí a necessidade de ajudá-los a entender melhor o que é ser paciente.

Dar o exemplo às crianças

Como desejar filhos pacientes se nós mesmos não o somos?

Na real, devemos muitas vezes parecer uma horda de visigodos e ostrogodos aos olhos dos pequenos.

Ou seja, o primeiro passo para ensinar a paciência para os pequenos é dar o exemplo (quem sabe nossas vidas até melhorem por esse bem maior de apoiar a molecada…).

Sem um ponto de referência, eles dificilmente desenvolverão a habilidade de esperar pelo que desejam, concorda?

Jogos em família: diversão com paciência

Essa é fácil (ou não, caso tenha filhos maiores impacientes com os menores – e vice-versa!).

Sim, os jogos de tabuleiro, por exemplo, são uma ótima ferramenta para ensinar a paciência às crianças.

Afinal, os jogos de tabuleiro são feitos de rodadas e cada jogador tem que esperar pela sua.

Parece estranho isso de ensinar a paciência, mas até ela se desenvolve melhor com exercícios práticos, como as brincadeiras em família.😉

Reconheça a dedicação dos pequenos

Precisamos, como pais, dar sinais também de que percebemos, reconhecemos e valorizamos os esforços dos nossos pequenos em ser mais pacientes.

Pois é, quem disse que seria fácil?!

Um exemplo simples: as deliciosas sobremesas. Quantos de nós, assim como os pequenos, comemos pensando, na verdade, na sobremesa?

Na cabeça da molecada, a vida deveria começar pela sobremesa. 😉

Por que então ter de passar antes por pratos enormes ricos em verduras, legumes e outros alimentos nutritivos que papai e mamãe tanto teimam em “requentar”?!

Portanto, se a molecada devorar seus pratos sem nem perguntar pela sobremesa, reconheça. Ou se enfrentarem os intermináveis e desequilibrados almoços de domingo de família sem pedirem para descer desse trem desgovernado…

Paciência com os filhos, portanto. Com as suas CRIANÇAS….

Sim, estamos falando de crianças. Das nossas crianças. E de como precisamos devemos ter paciência com os filhos.

Eles e elas contam com a gente para isso.

Assim como para um montão de outras coisas. Vamos lembrar: nós somos a sua referência, os adultos (mesmo que machucados e defeituosos) com os quais eles podem realmente contar.

Ter paciência com as crianças é devolver minimante o que os filhos fazem por nós: mostrar o que é ser mais leve, livre de preconceitos e conectado com o momento. Crianças são assim. Por que não vale ter paciência com elas?

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Dia dos Pais presente https://oquevocefalou.com.br/dia-dos-pais-presente/ https://oquevocefalou.com.br/dia-dos-pais-presente/#respond Sat, 07 Aug 2021 23:47:24 +0000 https://oquevocefalou.com.br/?p=9872 O Dia dos Pais é sinônimo de presente, como acontece com o Dia das Mães. Sim, é certo que essas duas datas até inspiram reflexões, mas em geral a publicidade e o comércio fazem mais barulho. Aqui, a ideia é pensarmos diferente. Ou seja, no que ser pai pode representar mais além de uma loucura ...

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O Dia dos Pais é sinônimo de presente, como acontece com o Dia das Mães. Sim, é certo que essas duas datas até inspiram reflexões, mas em geral a publicidade e o comércio fazem mais barulho.

Aqui, a ideia é pensarmos diferente. Ou seja, no que ser pai pode representar mais além de uma loucura de ofertas e promoções. Afinal, a paternidade é como a respiração – não dá para simplesmente deixar de respirar ou tudo para.

Vamos pensar juntos em como aproveitar essa data para que estar com os filhos seja muito mais do que só um domingo feliz.

Quando é o Dia dos Pais? Sempre teve presente?

Os pais tiveram o seu papel na evolução da humanidade desde o princípio. Alguns mais presentes, outros menos, claro. Já a origem do Dia dos Pais é mais recente – e menos comercial.

Ela começa no início do século XX, quando pessoas em diferentes cidades dos Estados Unidos tentaram mobilizar suas comunidades em torno de uma celebração aos pais.

Mas a iniciativa, muito inspirada no Dia das Mães, instituído em 1914, não emplacava, embora fosse ganhando força pouco a pouco. A virada aconteceu quando políticos do país começaram a se envolver.

Até que, em 1966, o presidente Lyndon Baines Johnson (1908-1973) decidiu que o terceiro domingo de junho seria o Dia dos Pais. Mas foi Richard Nixon (1913-1994), em 1972, quem assinou o decreto presidencial que transformaria a data em uma celebração nacional permanente.

Por que o Dia dos Pais em agosto no Brasil?

Aqui, a data teve desde o início um interesse comercial, segundo pesquisa da BBC. A ideia foi de Sylvio Behring, publicitário e diretor do jornal e da rádio Globo.

Com o apoio destes veículos de comunicação, ele conseguiu criar o Dia do Papai, no Rio de Janeiro, em 16 de agosto de 1953, data que coincidia com o Dia de São Joaquim, pai de Nossa Senhora e considerado patriarca de família.

No ano seguinte, o Brasil abraçou a iniciativa. E a mudança para o segundo domingo de agosto foi adotada em analogia ao Dia das Mães, no segundo domingo de maio.

É claro que até hoje a memória da Globo diz que as intenções eram as melhores possíveis, mas o que Behring realmente buscava era atrair anunciantes. No fim das contas, não é diferente dos dias de hoje.

Reprodução da capa de O Globo com o “Dia do Papai”

Você tem o que celebrar?

Bom, agora que sabemos a origem da data, a pergunta que fica é: o que há para celebrar? E aí, vale a consciência de cada um. Ou seja, a sua consciência de pai: se ela está ou não tranquila…

Este blog, por exemplo, é uma tentativa minha de exercitar minhas reflexões da paternidade. Porque sabemos que ser pai é uma correria desajeitada contra o tempo e a rotina…

Por isso, deixamos muitas vezes de olhar para dentro e de nos confrontar de verdade sobre a nossa participação no desenvolvimento dos filhos.

De novo: você tem o que celebrar no seu Dia dos Pais? Merece o presente maior que são os seus filhos?

Sim, os filhos são o nosso maior presente. E do jeito que são ou possam ser, porque a sua individualidade é um ótimo subproduto da paternidade e da maternidade.

No passado, a individualidade dos filhos era vista como fraqueza dos pais, mas isso já não vale para o nosso tempo.

E pais e mães que não percebem ou valorizam isso estão deslocados e sem noção.

A maior celebração do Dia dos Pais é poder olhar os filhos e perceber o quanto eles são donos de si mesmos. Ou seja, o quanto aprenderam com a gente que podem (e devem) ser o que desejam ser.

Que presente dar no Dia dos Pais?

Pera: como assim, dar presente?! Essa não é uma data de receber? Pois, os filhos só têm motivos para dar o que quer que seja aos seus pais se, antes, receberem muito amor e respeito. Concorda?

Por isso, essa data tem que presentear, na verdade, os filhos. Ou seja, que eles sintam orgulho e amor pelos pais que têm. E a coisa se inverte: o Dia dos Pais vira um presente para os filhos, não o contrário.

Eles podem até se animar em te reconhecer como um pai ideal, mas isso só acontecerá se forem presenteados TODOS OS DIAS.

Não caia na pilha do comércio e fique sentado esperando por presentes. Ou ache que um domingo feliz basta.

Tente, em troca, entender se você é ou pode ser o melhor presente para seus filhos: um pai com o qual eles tem conexão.

Estar presente e ser um pai criativo

A conexão entre pessoas só existe se há troca. Isso todos sabemos. Mas como podemos trazer isso para as nossas paternidades?

Ora, a conexão espontânea acontece no momento em que sabemos que seremos pais, ganha mais força quando vemos o ultrassom e se intensifica no nascimento.

Até aqui, tudo bem porque essa é uma conexão de via única – você, de fora da barriga, aprendendo a amar seu bebê que ainda não te conhece, embora possa te ouvir.

Quando a paternidade te chama

Mas depois do nascimento tudo muda porque a paternidade vira um vai e vem de sentimentos. E expectativas. Os filhos começam a fazer parte do mundo, e a se entender dentro dele. Por isso, participar é única opção para uma paternidade que seja presente (sem os vícios da chamada paternidade ativa).

A conexão se firma e a sua presença ganha volume. Mas precisamos ser criativos para não cair na mesmice de achar que a paternidade se resolve apenas por estarmos próximos.

Sem criatividade, fica difícil se reinventar a cada dia para ser uma melhor pessoa – e pai – e para encantar os pequenos.

Ou seja, os filhos merecem um Dia dos Pais presente. Um Dia dos Pais em que sua presença, nos 365 dias do ano, é sentida, compartilhada e celebrada por eles.

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A felicidade dos filhos que podemos dar https://oquevocefalou.com.br/felicidade-dos-filhos/ https://oquevocefalou.com.br/felicidade-dos-filhos/#respond Sat, 15 May 2021 13:00:00 +0000 https://oquevocefalou.com.br/?p=9811 A felicidade dos filhos é uma aspiração constante de pais e mães. Mas aqui temos uma questão maior: a tendência de acharmos que a felicidade deve ser uma condição perene. E que, não conseguindo dar isso à criançada, a vida seria então um mar de infelicidade. Acontece que ser feliz é circunstancial, efêmero e inconstante. ...

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A felicidade dos filhos é uma aspiração constante de pais e mães. Mas aqui temos uma questão maior: a tendência de acharmos que a felicidade deve ser uma condição perene. E que, não conseguindo dar isso à criançada, a vida seria então um mar de infelicidade.

Acontece que ser feliz é circunstancial, efêmero e inconstante. Por isso, devemos pensar muito bem para que essa vontade de dar o melhor a eles não gere uma ansiedade geral. Ou tristeza.

Nesse texto, vamos tentar refletir juntos sobre esse tema vital da paternidade e da maternidade. Para começar, precisamos entender melhor o que é a felicidade e como ela pode fazer parte da rotina em casa com os pequenos.

O que é a felicidade dos filhos e de todos, afinal?

A felicidade dos filhos não é um grande evento pirotécnico, apesar do que muitos acham. Simplesmente porque não dá para viver em um eterno Rock in Rio, muito menos na infância e na adolescência.

A sensação de estar feliz (repare que já estou diferenciando as coisas) está mais para um guarda-chuva. E sob o qual ficam muitos fatores, como a personalidade de cada um, o momento de vida, o jeito de encarar as coisas etc.

Ela é algo mais complexo e difícil de definir, motivo pelo qual muitos cientistas quebram a cabeça para tentar encontrar respostas minimamente coerentes.

Posts recentes

A perseguição da felicidade (sem contaminar os filhos)

Um relatório do instituto IPSOS, de 2019, mostrou uma queda de 12% em relação aos brasileiros que se consideram muito felizes ou felizes, comparado ao resultado do ano anterior. No mesmo estudo, o índice global caiu de 70% para 64% no mesmo período, denotando uma redução mundial do sentimento.

Esses números são uma boa referência porque muitas pessoas tendem a perseguir a felicidade. Com isso, podem se frustrar – e até contagiar os filhos com essa frustração, o que é pior.

“É preciso restringir o conceito de felicidade. Sou a favor de risos, de bom humor, mas são só parte do que leva as pessoas a agir. Não precisamos repensar, mas restringir o alcance da felicidade. É comum, por exemplo, ouvir pais dizerem: ‘Só quero que meus filhos sejam felizes’. Isso é uma tolice. Quero que meus filhos sejam felizes, mas quero que eles gostem de fazer algo, que tenham bons relacionamentos, que encontrem um sentido e um propósito e que conquistem coisas. Perseguir só a felicidade é enganoso.”

Martin Seligman, o “doutor felicidade”

O que dizem os cientistas: 3 maneiras de ser feliz

Para a ciência, o conceito de ser feliz é um assunto de muito interesse. Ainda assim, é uma das emoções menos pesquisadas justamente porque ela é bastante desafiadora. A começar pela sua própria definição.

O motivo disso é que não há uma resposta única ou definitiva para o que é exatamente essa emoção humana.

A felicidade pode ser vista de três maneiras:

  • como um estado hedônico,
  • como um estado cognitivo,
  • ou como uma filosofia de vida geral.

Essa definição foi criada por Nancy Etcoff, psicóloga e pesquisadora da Universidade de Harvard.

“A felicidade, então, pode se referir a uma forma de pensar, como ser otimista; uma forma de sentir alegria, prazer, alívio ou gratidão; ou simplesmente uma forma de ser.”

Nancy Etcoff, psicóloga e pesquisadora da Universidade de Harvard

A herança genética e a satisfação com as pequenas coisas

Outros estudos mostram que a felicidade tem parcialmente uma carga genética. Uma pesquisa da Universidade de Minnesota, por exemplo, revelou que irmãos gêmeos idênticos dividem não apenas o mesmo DNA, mas o mesmo “nível” de felicidade. Por sua vez, irmãos gêmeos fraternos apresentam maior diferença entre suas percepções de bem-estar.

 “A satisfação vem de pequenas coisas, em particular de descobrir o que você faz bem. São as pequenas coisas que podem te manter saltando acima do seu ponto de ajuste genético… Uma boa refeição, trabalhar no jardim, tempo com os amigos. Polvilhe sua vida com essas pequenas coisas.”

David Lykken, um dos pesquisadores da University of Minnesota

Ou seja, a genética pode contribuir para a percepção de cada um para a felicidade. E isso é fundamental porque a evolução, por sua vez, nos preparou para resistir a ameaças, como animais selvagens ou grupos oponentes. Por isso, temos uma predisposição ao pessimismo e a emoções negativas.

O lado escuro da felicidade dos filhos e de pais

Mas há um ponto obscuro sobre tudo isso. E ele pode ser encontrado onde menos se espera ver tristeza ou menos felicidade: em países mais desenvolvidos.

O Relatório de Felicidade Mundial (World Happiness Report), da Organização das Nações Unidas (ONU), mostra que a Dinamarca é o terceiro país mais feliz do mundo, atrás apenas da Finlândia e Islândia, nessa ordem.

Ao mesmo tempo, a Dinamarca tem a 47ª maior taxa mundial de suicídios em uma lista de 183 nações, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A pergunta é: se a Dinamarca é o terceiro país mais feliz do mundo, porque também está entre os top 50 em suicídios?

Ser feliz em três dimensões

Uma das explicações é justamente o fato de a felicidade ser difícil de definir. Quando entidades como OMS ou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico ou Económico (OCDE) medem a taxa de suicídio, elas se baseiam em três dimensões:

  • Satisfação de vida,
  • Emoções (sensações do dia a dia),
  • Propósito de vida.

E precisamos lembrar que tudo isso é muito subjetivo. Ou seja, a ciência lida com elementos e fatores desafiadores. As pesquisas científicas sobre a felicidade, por isso, levam em consideração diferentes aspectos.

Em países com pouco desemprego, por exemplo, estar desempregado(a) pode se transformar em um estigma pessoal, e não a consequência de um problema da economia. E se todos se sentem felizes à sua volta, não se sentir parte disso pode ser muito difícil.

Por isso, casos como o da Dinamarca sugerem que hoje pode ser muito mais difícil se sentir infeliz em sociedades desenvolvidas (e em geral mais felizes) do que em outras regiões.

Esse seria um dos lados obscuros da felicidade, como você pode ver em mais detalhes no vídeo abaixo:

Teoria de Martin Seligman

Martin Seligman é o pioneiro da psicologia positiva. E ele trabalha a fundo em questões da felicidade, principalmente na sua “anatomia”. Por isso, uma de suas teorias mais difundidas e conhecidas é justamente sobre as três dimensões da felicidade:

Vida agradáve (pleasant life)

É a dimensão em que apreciamos prazeres considerados mais básicos, como as amizades, um passeio na natureza e outras situações da rotina que proporcionam emoções positivas.

Vida boa (good life)

É a dimensão em que estão as pessoas que conseguem ter um maior conhecimento de suas virtudes e pontos fortes, aproveitando essa clareza para melhorar as suas vidas.

Vida significativa (meaningful life)

Aqui, as pessoas que alcançam esta dimensão experimentam um senso de realização, conciliando isso com propósitos maiores do que os individualistas.


Ajude as crianças a entender seus sentimentos

Um dos caminhos para uma vida mais conectada com bons momentos e sensações é a capacidade de dar voz aos nossos sentimentos. Ou seja, precisamos ajudar os pequenos a falar do que sentem, incluindo a felicidade.

Você já viveu essa cena: seu(ua) pequeno(a) está com muito sono, mas não dorme. E nesse incômodo, ele(a) acaba se irritando por coisas banais, como um pedido negado ou um tropeço no chão.

O controle dos sentimentos não é fácil. E para ninguém, principalmente para os filhos porque ainda estão descobrindo o seu mundo interior.

Mas como ajudar a molecada a falar dos sentimentos?

  • Que tal dar um caderno bem bonito, com uma caneta ainda mais bonita para deixá-los escrever sobre o que sentem?
  • Se não sabem escrever, um caminho é acolher nos momentos de maior irritação e deixar que chorem, por exemplo.
  • Nos momentos mais felizes em família, podemos ajudá-los a pensar nos sentimentos dizendo como nós, adultos, nos sentimos em ocasiões assim. 😉

Ou seja, ajudar as crianças a entenderem seus sentimentos é um exercício também nosso. Como pais, podemos tirar o foco da felicidade idealizada e conscientizar os pequenos sobre como aproveitar seus melhores momentos de vida.

Curso sobre felicidade e bem-estar

O curso “A ciência do bem-estar”, da psicóloga Laurie Santos, é um dos mais assistidos da Universidade de Yale, a terceira instituição de ensino superior mais antiga dos Estados Unidos e que formou cinco presidentes do país, além de outros alunos de destaque.

No curso, “Laurie Santos revela equívocos sobre a felicidade, características irritantes da mente que nos levam a pensar como pensamos e pesquisas que podem ajudar a todos a mudar”.

A boa notícia é que você pode conferir a versão online gratuita do curso e ver com os próprios olhos como a professora e psicóloga apresenta a felicidade.

Quem sabe ele te dará mais elementos para você ajudar os filhos a lidarem melhor com esse componente da vida. 😉

The Science of well being Yale Coursera

Dia Internacional da Felicidade

Esse tema é tão envolvente para a humanidade que temos o Dia Internacional da Felicidade, em 20 de março, e instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas por meio da resolução 66/281 de 12 de julho de 2012.

A Assembleia Geral,

Conscientes de que a busca pela felicidade é uma meta humana fundamental,

Reconhecendo a relevância da felicidade e do bem-estar como objetivos e aspirações universais na vida dos seres humanos em todo o mundo e a importância do seu reconhecimento nos objetivos das políticas públicas. (…)

Trecho da Resolução da ONU que estabeleceu o Dia Internacional da Felicidade

A iniciativa da ONU é reflexo da percepção das lideranças mundiais de que a felicidade é, sim, um componente do bem-estar da humanidade. Ou deveria ser, uma vez que essas mesmas lideranças são muitas vezes incapazes de combater o que tira a leveza das pessoas, como guerras, conflitos, fome etc.

De todos modos, essa data celebtrativa é um convite à reflexão sobre como populações e pessoas em sua individualidade podem pensar sobre o tema.

Livros para ler no Dia Internacional da Felicidade

Alguns livros foram escritos justamente como uma tentativa de especialistas e escritores de desvendar a felicidade:

Qual felicidade dos filhos você quer?

Agora que sabemos um pouco mais sobre a emoção de ser feliz, que tal pensarmos no bem-estar dos filhos? Ou seja: o que podemos desejar e proporcionar a eles?

Talvez existam duas possibilidades aqui:

  • Desejar para os filhos uma felicidade idealizada (e incompatível com a realidade);
  • Proporcionar um bem-estar mais possível que, sim, tenha pitadas de felicidade.

A felicidade idealizada que pode contaminar os filhos

Ninguém precisa se sentir obrigado a ser feliz. Muito menos as crianças e adolescentes, apesar de muitos pais e mães acharem o contrário. Afinal, a pressão para estarmos sempre de bem, principalmente nas redes sociais, pode fazer muito, muito mal.

A suposta paternidade ativa, que mais parece um anúncio de margarina, é um exemplo. Além de ser um erro porque não existe a maternidade ativa, faz parecer que ser um bom pai é coisa de seguir um padrão e tudo bem… Mas sabemos que não é assim.

A mídia social está nos deixando infelizes?

A pesquisa Monitoring the future, com o objetivo de estudar os comportamentos, atitudes e valores dos americanos desde a adolescência até a idade adulta, já mostrou que “adolescentes que passaram mais tempo na internet, jogando no computador, nas redes sociais, mandando mensagens de texto, usando o chat de vídeo ou assistindo TV ficaram menos felizes”.

Já a pesquisa More happiness for young people and less for mature adults (…) revelou que adultos com mais de 30 anos estão menos felizes do que há 15 anos devido às condições da vida social atual.

Estudos como esses demonstram que hoje a felicidade pode ser um bem muito escasso. E que talvez o principal motivo disso seja o nosso próprio estilo de vida, muito vidrado em redes sociais e em falsas aparências.

Com tantos fatores apontando para a infelicidade ou o sentimento de não fazer parte, como pode ser possível garantir a felicidade às crianças?

A felicidade das crianças: uma alternativa possível

A paternidade e a maternidade têm, portanto, o desafio de conciliar a melhor das intenções (a felicidade dos filhos) com a realidade pura e dura. O mundo lá fora de casa não é dos mais acolhedores, pelo contrário.

Pelo que vimos das pesquisas e dos especialistas nos vídeos acima, tentar garantir um mar de rosas para os pequenos pode ser uma rua sem saída. Por isso, perseguir a tal da felicidade, criando nos pequenos a falsa impressão de que ela é um porto seguro, talvez seja um risco.

Ou seja, melhor seria batalhar na paternidade por outras condições mais acessíveis e realizáveis.

Bem-estar em família

Se os pequenos momentos podem ser a verdadeira fonte da felicidade, um dos mais marcantes para os pequenos é a refeição em família, por exemplo. E ela, de fato, faz bem para o desenvolvimento das crianças e adolescentes.

Uma pesquisa canadense, liderada pela ONG The Family Dinner Project, mostrou que crianças que rotineiramente sentam à mesa com parentes são mais ativas. Além disso, comem menos alimentos gordurosos e demonstram melhores habilidades sociais e menos agressividade.

As refeições são apenas um exemplo porque podemos fazer muito mais de concreto pelos filhos – e não ficar na teoria de perseguir a suposta felicidade.

Um bom ambiente familiar que de fato proporcione bem-estar para os pequenos, apesar das dificuldades do dia a dia, pode ser fundamental para os filhos colherem boas emoções.

Boa relação entre pais e filhos: criança mais feliz

Essa talvez seja a segunda condição mais importante para uma infância e adolescência marcadas por momentos felizes. A boa relação entre pais e filhos vai muito além do que é palpável, como o diálogo, os olhos nos olhos e a interação diária.

Ela cria memórias afetivas, fortalece os laços e dá mais sentido de pertencimento, justamente o que os especialistas já identificaram como muito importante para emoções positivas.

Se sentir feliz, por mais momentâneo e picado que seja, tem tudo a ver com se perceber como parte de algo especial. Ou seja, uma boa relação entre pais e filhos, por exemplo.

Ou seja, sem diálogo e envolvimento entre pais e filhos a felicidade deixar de ser sequer uma hipótese.

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Estresse infantil: o que saber para lidar melhor e apoiar https://oquevocefalou.com.br/estresse-infantil/ https://oquevocefalou.com.br/estresse-infantil/#respond Sun, 02 May 2021 12:29:32 +0000 https://oquevocefalou.com.br/?p=9684 O estresse se tornou um símbolo da nossa época, e mais ainda desde que passamos a viver basicamente dentro de casa. Mas o que dizer do estresse infantil? Ou do chamado estresse tóxico? O que eu não sabia é que existem diferentes escalas reconhecidas de estresse. E que uma delas até contribui para o desenvolvimento ...

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O estresse se tornou um símbolo da nossa época, e mais ainda desde que passamos a viver basicamente dentro de casa. Mas o que dizer do estresse infantil? Ou do chamado estresse tóxico?

O que eu não sabia é que existem diferentes escalas reconhecidas de estresse. E que uma delas até contribui para o desenvolvimento das crianças.

Vamos descobrir juntos nesse texto como isso acontece e de maneira esse conhecimento pode ajudar na paternidade.

O estresse infantil sem estresse

Tudo o que mexe com os filhos nos preocupa. Desde questões do físico, como as etapas de crescimento, às da cabeça, como o estresse e a ansiedade, passando pelas nossas próprias inseguranças de pais.

Isso porque sabemos que os pequenos passam por muitas experiências no seu desenvolvimento. E que esse caminho da infância à vida adulta tem momentos bons e ruins.

O estresse infantil é, em geral, um subproduto dos ruins, embora ele não seja um vilão por completo. Isso porque existe falta de conhecimento ou muito preconceito contra ele também.

Há partes no estresse que, sim, são necessárias e contribuem para o amadurecimento da criança.

E isso é algo que a ciência descobriu há tempos e estuda ainda hoje. Ou seja, precisamos ver os dois lados dessa história para sabermos mais sobre o estresse e sermos melhores pais.

O que é o estresse, segundo a ciência

Hans Selye, endocrinologista e primeiro estudioso que tentou encontrar uma base conceitual para o tema, definiu estresse como a resposta inespecífica do corpo a qualquer demanda, seja ela causada por ou resultado de estímulos agradáveis ou desagradáveis. Mas…

O estresse não tem uma definição universal porque é difícil medi-lo e porque existem, ainda hoje, interpretações diferenciadas sobre ele, segundo o Instituto Americano do Estresse (AIS, na sigla em inglês).

Uma das definições mais aceitas sobre o estresse é de que ele é um “esforço ou tensão física, mental ou emocional”. Já outra maneira de definir diz que é “uma condição ou sentimento de quando a pessoa sente que suas demandas excedem suas capacidades pessoais e sociais”.

“A maioria das pessoas considera a definição de estresse como algo que causa sofrimento. No entanto, o estresse nem sempre é prejudicial, pois o aumento do estresse resulta em aumento da produtividade.

Uma definição de estresse também deve incluir esse tipo de estresse saudável, que geralmente é ignorado quando você pergunta a alguém sobre sua definição de estresse.”

Instituto Americano do Estresse (AIS)

O fato é: independentemente do nome que a gente dê, esse é um coleguinha diário nas nossas vidas, que aparece às vezes sem avisar. Por isso é tão importante, como pais interessados que somos, entendermos como o estresse afeta a nossa saúde.

No vídeo abaixo, por exemplo, podemos ver melhor como ele atua no corpo e os efeitos disso para todos nós – adultos e crianças. 😉

O estresse bom e o ruim

Sim, existe o estresse bom e o mau, e ambos causam reações comportamentais, fisiológicas e emocionais:

  • Estresse bom: chamado de eustresse, nome criado pelo endocrinologista Hans Selye, que utilizou o prefixo grego eu (de bem, bom) justamente para diferenciá-lo. É o tipo que sentimos no primeiro dia de um novo trabalho ou no altar prestes a casar, por exemplo. Ou seja, ele acontece em situações positivas. Ele causa satisfação ou euforia.
  • Estresse ruim: conhecido como distresse, aparece em situações que consideramos negativas por diferentes motivos, como uma demissão ou um divórcio. Por isso, gera a sensação de ameaça.

A principal diferença entre os dois é a carga emocional porque o primeiro nos deixa motivados, enquanto o outro nos faz sentir intimidados, por exemplo.

Mas uma definição mais completa deve incluir outros dois tipos de estresse:

  • Estresse agudo: o famoso “lute ou fuja”, ou seja, o corpo se prepara para se defender. Nesse caso, o nosso metabolismo precisa de cerca de 90 minutos para voltar ao normal.
  • Estresse crônico: ele é resultado do “custo” da vida moderna, com seus vários boletos, a pressões no trabalho, as demandas familiares etc. Se ignoramos esse estresse, é quando o corpo começa a sentir e o sistema imunológico perde força.

Modelo biopsicossocial do estresse

Os cientistas tentam compreender o estresse de uma maneira cada mais abrangente, uma vez que estamos todos conectados a sociedades, relações e condições médicas cada vez mais complexas.

O modelo biopsicossocial é uma maneira mais completa de ver o estresse infantil e adulto.

Isso porque ele abrange fatores psicológicos, biológicos e sociais. Daí o motivo de, em muitas pesquisas, os cientistas considerarem, por exemplo, a classe social como um dos prováveis motivos para as pessoas serem mais ou menos estressadas.

O que a ciência diz sobre o estresse nas crianças

Os especialistas levam anos estudando a anatomia do estresse e seus efeitos. E isso é muito importante porque ele participa ativamente da vida moderna.

E ainda mais quando não podemos sair tanto de casa, as crianças já não frequentam a escola como antes e o trabalho agora é no quarto ou na sala.

Por tudo isso, as crianças podem estar mais sujeitas a situações menos amigáveis à infância.

O impacto do mau e do bom estresse infantil

O estresse no início da vida é um fator de risco para uma série de problemas psicológicos e físicos, desde transtornos de humor a doenças cardiovasculares, por exemplo.

Mas quando os pequenos vivem em um entorno acolhedor, com suporte de adultos, os efeitos fisiológicos são atenuados.

Ou seja, é fundamental darmos carinho, empatia e apoio para a molecada para que o estresse não seja um obstáculo ao seu melhor desenvolvimento.

Para isso, é fundamental entendermos os três tipos de respostas do organismo ao estresse, segundo o Centro da Criança em Desenvolvimento, da Universidade de Harvard:

  • Resposta positiva: faz parte do desenvolvimento saudável (é até essencial, na verdade). Tem a característica de aumentar a frequência cardíaca e provocar leves elevações nos níveis hormonais. Acontece, por exemplo, em um primeiro dia de aula ou em uma visita ao dentista.
  • Resposta tolerável: esse estágio ativa ainda mais os sistemas de alerta do corpo por causa de situações mais duradouras, como a perda de um pet ou um parente. O apoio dos pais e um entorno acolhedor são fundamentais para tanto o cérebro quanto os órgãos se recuperem antes que esse estresse se transforme em algo grave.
  • Estresse tóxico: ocorre quando as crianças estão sujeitas a situações adversas intensas, frequentes e/ou prolongadas. Pode ser, por exemplo, agressão física ou sexual, assim como a negligência. Esse é o tipo que pode prejudicar o desenvolvimento do cérebro, a capacidade cognitiva e outros sistemas orgânicos.

Quanto maior o grau e tempo de exposição a condições que podem levar ao estresse, maiores as chances de a criança desenvolver condições adversas.

Como o estresse dos pais afeta o estresse infantil

Também nesse caso, os cientistas levam anos estudando como o estresse parental pode afetar as crianças. Principalmente porque somos a grande referência dos pequenos, que tendem a assimilar nossos hábitos e manias.

Não por acaso, pequenos com sinais de estresse, como manias, tiques ou sintomas físicos, podem ser melhor ajudados se seus pais cuidarem de si mesmos.

Por isso, aqui estão algumas dicas do Counselling Directory, do Reino Unido:

  • Sem culpa: deixar a paternidade pesar nas costas pode ser o pior para todos. Quem se sente melhor consigo mesmo terá melhores condições de lidar com situações ou dia a dia desgastantes.
  • Você faz, eles copiam:  nossos filhos se espelham em nossos comportamentos. Se somos estressados, podemos supor que eles podem interpretar isso como natural.
  • Coisa de adulto para adulto: precisamos tentar separar a nossa rotina puxada do dia a dia dos pequenos. Ou seja, que as nossas ansiedades e conflitos não contaminem a infância deles.
  • Abra seu coração com os filhos: sim, não tenha medo de reconhecer que errou – ou que uma atitude ou reação pode ter sido exagerada. Isso ajuda a molecada a ver as coisas de outras perspectivas.
  • Peça ajuda quando precisar: sabemos que o estresse pode ser um buraco sem fundo. E que muitas vezes resistimos a pedir ajuda. Mas isso não é bom para a gente nem para os pequenos. Eles, afinal, precisam de nós em estados minimamente equilibrados. Entender o que estamos sentindo é essencial. 😉

Livros sobre estresse infantil

Pais e mães dedicados que somos, sabemos que às vezes é preciso buscar ajuda de especialistas. Um dos jeitos mais acessíveis é pelos livros. Veja abaixo algumas sugestões de leitura sobre o tema:

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Criança quer atenção que nós pais e mães já não damos https://oquevocefalou.com.br/crianca-quer-atencao/ https://oquevocefalou.com.br/crianca-quer-atencao/#respond Sun, 18 Apr 2021 22:12:02 +0000 https://oquevocefalou.com.br/?p=9648 Mas que criança que só quer atenção!!! Essa era uma frase negativa que muitos pais e mães diziam (dizem?) quando perdiam a paciência. Quem teve a infância nas décadas de 1970 e 1980 ouviu bastante isso. Mas por que as crianças querem atenção? Será que são mimadas? Ou o mundo hoje é diferente e elas ficaram ...

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Mas que criança que só quer atenção!!! Essa era uma frase negativa que muitos pais e mães diziam (dizem?) quando perdiam a paciência. Quem teve a infância nas décadas de 1970 e 1980 ouviu bastante isso.

Mas por que as crianças querem atenção? Será que são mimadas? Ou o mundo hoje é diferente e elas ficaram por último na fila, atrás dos celulares e tablets, do home office, do estresse da rotina, do desemprego etc.?

Crianças não são bobas. Nunca foram. Por isso, esse é um texto para pensarmos diferente: como nós pais podemos dar ainda mais atenção aos nossos filhos?

Criança quer atenção por vários motivos

Vamos jogar limpo aqui: por mais que você se dedique de corpo e alma aos filhos, os dias são curtos. E quando noite chega, o corpo desaba e a alma só quer sumir.

Você não está sozinho(a). Somos muitos pais e mães na mesma. E não importa se estamos exaustos: nossos filhos querem brincar, contar suas fantasias e receber de nós a interação e o carinho de pais.

Para eles, pais e mães vivem do momento (e não de um dia inteiro). Por isso, esperam que sempre estejamos dispostos e a postos para a paternidade e maternidade. 😉

Criança quer atenção dos pais por diferentes razões:

  • Porque todo ser humano precisa interagir, principalmente na infância para o desenvolvimento afetivo, cognitivo e de relacionamento.
  • Os pais são sua referência de mundo e com quem podem compartilhar suas ideias, aprendizados e dúvidas sobre as coisas.
  • Exercitarem a criatividade.
  • Se sentirem reconhecidas e acolhidas.
  • Desenvolverem a individualidade à medida que são ouvidas, respeitadas e estimuladas pelo diálogo.
  • Dividirem suas fantasias e sonhos.
  • Enriquecerem sua infância, bem como o crescimento até a adolescência.

Há muitas outras razões pelas quais nossos filhos precisam de atenção. Principalmente porque até nós adultos temos dificuldade em conseguir que nos escutem de verdade – imagine as crianças…

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A importância de ver e escutar as nossas crianças

A dedicação aos filhos é o mínimo que devemos garantir na maternidade e paternidade, apesar do cansaço e das distrações da rotina. Por isso, ver e escutar os pequenos precisa ser um compromisso pessoal de cada pai e mãe.

Até porque a ciência já observou efeitos positivos para a infância e a formação do caráter. Um estudo de pesquisadores do Departamento de Psiquiatria da Harvard Medical School, por exemplo, mostrou que a prática de “Ah, deixa ele(a) chorar” (em vez de dar atenção) não funciona.

Em vez disso, ela pode ajudar a criança a se tornar um(a) adulto(a) mais suscetível ao estresse. Isso porque a proximidade do pais, o consolo quando a criança pede atenção e o maior relacionamento fazem toda a diferença para o desenvolvimento na infância e adolescência.

“Nós enfatizamos tanto a independência que está havendo muito efeitos colaterais negativos.”

Patrice M. Miller, pesquisadora do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Harvard

Possíveis sinais de que as crianças precisam de mais atenção

Com a vida mais dentro casa e o afastamento da rotina escolar, muitas crianças estão demonstrando que para elas também não está sendo fácil.

E se observarmos um pouco mais os nossos filhos, talvez consigamos perceber alguns sinais de que eles estão pedindo mais atenção, mesmo que inconscientemente.

  • Regressão e apego além do normal.
  • Mau comportamento fora do comum (justamente para serem o foco).
  • Limites cruzados com frequência.
  • Não, não, não a tudo (e com contundência).
  • Reclamações diretas de ausência paterna e materna das brincadeiras.

A maneira como os pequenos podem demonstrar que se sentem de lado são incontáveis. Por isso, o ideal é usarmos ainda mais a nossa sensibilidade e empatia para tentar perceber. Apesar, claro, do cansaço e da agitação da rotina familiar.

“Em vez de repreendê-los pelo que estão fazendo de errado, queremos perceber as crianças fazendo o certo. É uma mudança simples, mas que vai contra séculos de normas parentais e requer alguma prática antes de se tornar um hábito.”

Texto do Child Mind Institute

Como dar mais atenção aos filhos afinal?

Bem, quem sou eu para dizer o que você deve ou não fazer. Aqui, o que deve prevalecer é o bom-senso, afinal quem é pai e mãe fica escolado nesse ponto.

Em todo caso, tentei encontrar algumas referências de boas práticas para você dar mais atenção aos pequenos.

Philip Fisher, diretor do Centro de Neurociência Translacional da Universidade de Oregon (EUA), que estuda como interromper a rotina de trabalho em casa pode beneficiar os filhos, cita algumas ações básicas:

  • Criar uma rotina familiar,
  • Pais devem cuidar da própria saúde,
  • Dar pausa no home office para estar com os filhos,
  • Atender os pequenos o mais rápido possível, mesmo se parecer algo simples.

Por sua vez, Kate Baltrotsky, mãe e escritora, compartilha algumas dicas no texto Quanto realmente precisamos para brincar com nossos filhos?, publicado no Huffpost:

  • As crianças não precisam se divertir 24 horas por dia, 7 dias por semana, mas você deve incluí-las,
  • Use brincadeiras divertidas para mais risadas revigorantes,
  • Tente perceber sinais de que eles precisam de diversão,
  • Defina outras distrações, se possível,
  • Dê a si mesmo um limite de tempo, para evitar o esgotamento,
  • Não transforme o tempo de brincadeira em algo educacional,
  • Tente se atentar à diferença entre atenção e estar presente,
  • Sua cota de contato físico precisa ser recarregada regularmente,
  • Defina um limite de amor quando a hora de brincar acabar ou ficar muito louca.

Você decide como ter mais tempo com os filhos

Não existe lista que te diga como passar mais tempo com as crianças. Elas até podem ajudar como referência – e se a criatividade estiver em baixa -, mas só você pode de fato escolher como fazer isso.

Com a vida majoritariamente em casa, a boa relação entre pais e filhos é ainda mais indispensável. Afinal, as crianças estudam de casa e nós pais trabalhamos de home office (pelo menos quem tem esse privilégio).

O fato é: o carinho e a capacidade de dialogar com as crianças são o primeiro caminho para todo pai ou mãe descobrir como aproveitar melhor o tempo com os filhos.

Tempo de qualidade com os filhos

De volta ao tema desse post, por que será que muitas crianças parecem precisar de mais atenção do que o nós achamos que seria o normal?

Criança quer atenção porque talvez já não veja tanta qualidade em nós pais e mães. Ou seja, no tempo que estamos passando junto com elas.

Você já parou para pensar nessa possibilidade? Porque, convenhamos, ela é bastante grande. Veja essa pesquisa:

Pesquisa da Universidade da Califórnia, em Irvine, revela que em 11 países (de 12) os pais passam mais tempo com seus filhos do que no passado.

Ou seja, conseguimos conquistar mais tempo com os filhos nos últimos anos. O desafio agora é saber se o estamos aproveitando bem, ou seja, se estamos fazendo valer.

E talvez o pedido de atenção dos nossos pequenos, que pode parecer exagerado em algumas situações, seja uma indicação de que, na verdade, estamos apenas jogando tempo fora.

Qualidade é diferente da quantidade de horas com as crianças

Sim, esse é um clichê dos mais batidos. Mas não deixa de ser também uma grande verdade.

O que precisamos desenvolver como pais é a capacidade de nos entregar ao momento. As crianças são craques nisso: elas simplesmente se divertem ou choram, sem pensar no antes ou depois.

E aí, apesar de os filhos estarem bem à nossa frente querendo brincar, na verdade só estamos ali de corpo. E tempo com os pais é justamente uma das necessidades mais básicas da criança – e nossa também se pararmos para pensar.

Criança quer atenção, não chamar a atenção

Pais que ficam demais no celular, por exemplo, não só deixam de dar atenção aos filhos, mas também estão mais propensos a tomar bronca deles.

Ou seja, a criança que quer atenção acabando chamando a atenção dos pais. Tudo errado.

Ela pode chegar a esse extremo porque adultos hoje não desapegam das telas, vivem em redes sociais, trabalham mais do que deveriam, ficam cansados a maior parte do tempo etc.

Por isso, a alternativa que sobra aos pequenos é chamar atenção como um quase desabafo para serem atendidos.

Mudar a rotina em família pode ser uma saída

Mas como podemos tentar mudar isso? Com a vida cada vez mais dentro de casa, a dinâmica entre pais e filhos está resumida, em grande parte, a:

  • Os pais dizem a todo o momento o que os filhos devem fazer (banho, trocar de roupa, comer etc.).
  • Os filhos dizem a todo momento o que querem fazer com os pais (brincar, ler histórias etc.).

Ou seja, a rotina familiar tem hoje muitos momentos em que pais e filhos estão esperando alguma coisa um do outro. Fica sempre essa expectativa de que todos estão devendo atenção a todos.

O tempo de qualidade, portanto, é aquele em que devemos tentar esquecer as “obrigações” da rotina. E somente viver o momento com a intensidade do momento.

Alguns exemplos de como romper com essa rotina em casa:

  • Ir a uma praça com os filhos (todos devidamente protegidos, claro).
  • Tomar sorvete sem se preocupar com o açúcar ou a lambança.
  • Brincar de coisas novas, mesmo as mais simples.
  • Parar tudo (limpeza, arrumação etc.) por algumas horas e só se divertir.

O poder da atenção positiva

Em geral, dizemos aos filhos o que eles não devem fazer. Em resposta, eles repetem a atitude para nos testar, o que é natural no desenvolvimento infantil. Mas há uma alternativa para não ficarmos nesse cabo de guerra.

Ela se chama atenção positiva, ou seja, o hábito de dar mais valor às iniciativas boas dos filhos. E, mais do que isso, sermos mais claros em reconhecer suas iniciativas louváveis.

Funciona assim: em vez de só dizer “Muito bem!”, tente falar “Adorei o jeito como você ajudou o seu irmão a montar aquela peça do quebra-cabeça”.

Dessa maneira, os filhos percebem que estamos atentos também ao que fazem de bem – e não apenas ao que erram ou transgridem.

Essa é a atenção positiva, uma boa prática a mais para a paternidade.

Chega dessa dinâmica de looping infinito. Criança quer atenção. Ponto

Se a criança quer atenção, o melhor é parar, olhar nos seus olhos e dar a atenção que ela pede ao menos para entender o que acontece.

Assim, nós seremos mais completos (e preenchidos) como pais e mães. Por sua vez, os pequenos sentirão que não precisam quase implorar por um melhor lugar na fila.

Eles automaticamente estarão à frente dos celulares e tablets, do home office, do estresse da rotina, do desemprego etc.

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Por que não conseguimos proteger crianças da violência? https://oquevocefalou.com.br/proteger-criancas-da-violencia/ https://oquevocefalou.com.br/proteger-criancas-da-violencia/#respond Sat, 10 Apr 2021 15:39:54 +0000 https://oquevocefalou.com.br/?p=9581 Por quê? Afinal, proteger crianças da violência deveria ser a maior preocupação de todos nós adultos, mesmo de quem não é pai ou mãe. Mas o que nos leva a falhar? Neste texto, vamos ver juntos quais são os tipos de violência contra os pequenos e adolescentes, como perceber e a quem podemos denunciar ou ...

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Por quê? Afinal, proteger crianças da violência deveria ser a maior preocupação de todos nós adultos, mesmo de quem não é pai ou mãe.

Mas o que nos leva a falhar? Neste texto, vamos ver juntos quais são os tipos de violência contra os pequenos e adolescentes, como perceber e a quem podemos denunciar ou pedir ajuda.

E vamos entender quais são os direitos dos pequenos, além de refletir como nós pais podemos agir para proteger melhor as novas gerações. Ou seja, uma leitura adulta.

Deveríamos proteger crianças da violência com unhas e dentes

Sim, com unhas e dentes, e argumentos, e todas as nossas fibras. Mas, infelizmente, sabemos que não é assim. Diariamente, vemos, escutamos e lemos sobre casos de revirar o coração.

Dia após dia os pequenos têm seu bem-estar e direitos violados. E de muitas maneiras, por diferentes pessoas. Pais mães, tios, padrastros, conhecidos da família, estranhos etc. A lista é grande.

O melhor de nós na criançada

E sabemos também que crianças são o melhor de nós. O melhor que já fomos um dia. Mas as deixamos quebrar muitas vezes (até literalmente), sem nos importar em muitas situações com a sua fragilidade.

Claro que há muitos pais, mães e famílias que tratam seus pequenos como seus tesouros. Mas, mesmo nesses casos, é impossível garantir uma infância ou adolescência 100%, até porque nada é perfeito.

E é nos ambientes hostis à molecada em que a violência escala. Ou seja, o melhor de nós (as crianças) se veem diante do pior de nós (a nossa incapacidade de adultos de ter mais empatia com os pequenos).

Em um mundo ideal, a infância e a adolescência seriam acolhidas pela humanidade. Como um cobertor que aquece na noite fria. Em vez disso, se sentem muitas vezes ao relento, sem o devido abrigo emocional e físico para só se preocuparem com ser crianças.

É triste, mas real. Até porque os fatos nas pesquisas, investigações e noticiário não mentem – eles gritam, na realidade.

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Proteção da criança e o retrato da violência no Brasil

Meninos que desaparecem no Rio de Janeiro e ninguém sabe onde estão, Isabella Nardoni, Henry Borel…

Esses são apenas alguns exemplos marcantes da violência à criança no Brasil (e de como somos incapazes, como sociedade, de protegê-los).

Infelizmente, nossas famílias e o país em geral colecionam muitas outras ocorrências de violações aos direitos de menores de idade. E das mais brandas às mais graves. Pode ser no bairros ricos ou nas periferias.

Apenas os dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH) apontavam, em 2020, um aumento de 14% (para 86,8 mil casos) de denúncias ao Disque 100, em relação ao ano anterior.

Já números do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan), ligado ao Ministério da Saúde, mostram que o Brasil tem diariamente 233 agressões a crianças e adolescentes.

Violência que acontece em casa

E se consideramos que entre 80% e 90% das agressões acontecem dentro de casa, segundo o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, sabemos que o problema é ainda maior.

Afinal, muito do que acontece entre quatro paredes nas famílias acaba não chegando às autoridades. E isso pode estar se acentuando por causa do isolamento que estamos vivendo.

Em maio de 2020, por exemplo, meses depois do início da pandemia, o número de ocorrências de violência infantil diminuiu em quase 70% em São Paulo, na comparação com o mês anterior, segundo o Departamento de Polícia Judiciária da Macro Região (Demacro).

Uma boa notícia, certo? Errado, infelizmente.

Subnotificacão de casos esconde a realidade

Isso porque não há um motivo efetivo para uma redução tão expressiva. O que acontece, na verdade, é a subnotificação, disseram os especialistas ouvidos pelo El País.

Como estamos ainda mais dentro de casa, sendo pais e mães no home office e com muitas crianças sem ir à escola, a visibilidade diminui. Muitas situações de violência infantil acabam não são expostas ou percebidas por professores, por exemplo.

A violência infantil no isolamento social

Ao terem menos contato com outras pessoas além dos seus próprios parentes, muitas crianças e adolescentes podem estar mais sujeitos à violência doméstica.

É uma decorrência natural de quem deixa de ir à escola e de sair de casa desde o início das medidas de isolamento. Afinal, o contexto não ajuda. Em muitas famílias, por exemplo, o desemprego e a perda do poder se compra são realidade.

Combine isso com a maior convivência domiciliar e você tem condições ideais para situações extremas, como a perda de bem-estar das crianças e adolescentes.

No caso da violência sexual, por exemplo, o agressor tem parentesco com a vítima em quase 40% dos caso, segundo dados do Ministério da Saúde citados em matéria da revista Carta Capital.

Por isso, precisamos estar mais atentos a nós mesmos (paciência e empatia com os nossos filhos e crianças em geral) e aos demais (tentar perceber sinais de violação dos direitos da molecada.

Tipos de violência infantil

Infelizmente, existem muitos tipos de violência infantil e contra adolescentes. E cada uma delas com a intensidade e a frequência que os agressores imprimem.

De modo geral, os principais tipos são:

  • física,
  • sexual,
  • psicológica,
  • negligência.

Por sua vez, o Ministério Público considera também outros tipos:

  • abuso financeiro e econômico/violência patrimonial,
  • adoção ilegal,
  • aliciamento sexual infantil on-line,
  • bullying,
  • cyberbullying,
  • discriminação,
  • sexting,
  • tráfico de crianças e adolescentes.

Independentemente do tipo de violência, cada uma delas, isolada ou repetidamente, pode levar a diferentes tipos de consequências negativas.

Por exemplo, a dificuldades na escola, a questões de dificuldade de relacionamento, à depressão ou ansiedade, a machucados e a comportamentos de risco.

É quando a infância perde o que tem tem mais precioso: a inocência e o encantamento. A fragilidade quebra.

 

Como reconhecer e agir para proteger as crianças da violência

Como isso é coisa séria, melhor seguirmos direitinho algumas dicas da Unicef de como proteger crianças e adolescentes da violência, principalmente nesse momento em que estamos.

O bem-estar começa em casa

Sabemos todos que um ambiente familiar saudável, em que existe uma boa relação entre pais e filhos, é fundamental para o bem-estar da molecada. E essa a primeira dica: manter um ambiente doméstico sem violência, estimulante e acolhedor. Com isso, já meio caminho andado.

A nossa saúde importa (e muito)

Se nós pais não estamos bem, provavelmente isso impactará nos pequenos. Por isso, precisamos cuidar de nós mesmos para cuidar deles. Sem adultos minimamente em equilíbrio, dificilmente as crianças terão em casa o que precisam para uma infância da qual se orgulhem no futuro.

Procurar ajuda ajuda

Apesar de estarmos afastados dos outros, isso não quer dizer que devemos abraçar o mundo. Não dá. Ou seja, recorrer a outras pessoas ou a redes de apoio é essencial para evitar que a violência aconteça. Afinal, ela pode ser o resultado da ansiedade e do cansaço da rotina.

Denunciar é a solução

E quando tudo falha e a violência acontece, não tem outro jeito: é denunciar para cortar o mal pela raiz o quanto antes. Crianças ainda estão desenvolvendo suas habilidades de associação, assim como a capacidade de entender bem o que pode e o não pode. É aí que agressores tiram proveito.

Para evitar isso, os caminhos mais curtos são:

  • Disque 100 (ligações de gratuitas e seguras de qualquer aparelho e Estado).
  • Disque 180 para violências contra mulheres e meninas (ligações de gratuitas e seguras de qualquer aparelho e Estado).
  • Conselhos Tutelares (lista dos de São Paulo)
  • Polícias
  • Órgãos do Judiciário

 

Leia a cartilha Eu me protejo para os pequenos

Com a maior vulnerabilidade por causa do isolamento, a informação é a maior aliada das crianças e adolescentes. Isso porque ela ajuda a dar mais clareza a possíveis riscos de violência.

Por isso, conteúdos como a cartilha Eu me protejo podem ser fundamentais para a proteção dos pequenos contra mais tratos e outras violações.

Os direitos das crianças na ponta da língua

Você sabe quais são os direitos das crianças e adolescentes, mesmo que superficialmente? Porque isso é fundamental para entender melhor como protegê-las que decisões tomar quando há um caso de violação desses direitos.

Se começar de cima, no plano universal, vai encontrar regras e entendimentos compartilhados pela maioria dos países. E dentro de cada um deles, como no Brasil, existem também leis criadas especificamente para proteger a infância e a adolescência.

Convenção sobre os direitos da criança

No mundo, o instrumento de direito internacional que estabelece os direitos dos pequenos é a Convenção sobre os direitos da criança.

Ela foi adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em novembro de 1989 e, em menos de um ano, tornou-se lei em setembro de 1990.

Essa transformação tão rápida para uma lei é um marco, pois tratados e convenções demoram mais a se consolidar no âmbito da ONU. Ou seja, as crianças receberam um devido suporte nesse sentido.

A Convenção tem 54 artigos, sendo 41 de questões substantivas e o resto de pontos processuais. Isso quer dizer que é um documento bastante conciso para os direitos internacionais das crianças, uma vez que reúne todas as leis internacionais relevantes de instrumentos anteriores.

“Contida neste tratado está uma ideia profunda: a de que crianças e adolescentes não são apenas objetos que pertencem a seus pais e por quem as decisões são tomadas, nem são ʽadultos em treinamentoʼ. Pelo contrário, eles são seres humanos e indivíduos com seus próprios direitos”.

Trecho de texto da Unicef sobre a Convenção sobre os direitos da Criança

Pilares universais

A Convenção sobre os direitos da criança tem quatro princípios fundamentais:

  • De sobrevivência, desenvolvimento e proteção da criança,
  • do melhor interesse da criança,
  • da igualdade e não discriminação entre todas as crianças,
  • e da importância da participação da criança nas discussões e ações.
história do direito das crianças Unicef

Uma curiosidade é que essa convenção é a mais aceita no mundo. Isso porque ela foi ratificada por todos os países membros da ONU, exceto os Estados Unidos (que feio, pessoal!).

 

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Como conciliar a carreira e filhos? Vamos lá… https://oquevocefalou.com.br/carreira-e-filhos/ https://oquevocefalou.com.br/carreira-e-filhos/#respond Sat, 03 Apr 2021 13:12:00 +0000 https://oquevocefalou.com.br/?p=9550 O que será que as pesquisas e os especialistas falam sobre como conciliar melhor carreira e filhos? Isso é o que vamos descobrir juntos neste post. **SPOILER**: você tem a solução em casa. \o/ Porque todo pai e mãe têm momentos de pensar na profissão e na relação com as crianças (principalmente as mulheres, infelizmente, ...

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O que será que as pesquisas e os especialistas falam sobre como conciliar melhor carreira e filhos? Isso é o que vamos descobrir juntos neste post. **SPOILER**: você tem a solução em casa. \o/

Porque todo pai e mãe têm momentos de pensar na profissão e na relação com as crianças (principalmente as mulheres, infelizmente, por causa de tudo o que já sabemos). E eles podem ser mais ou menos duros, dependendo da condição de cada um. Ou do peso que damos.

Ou seja, não existe uma receita de bolo aqui, muito menos guias ou manuais para download. Mas isso não quer dizer que não possamos refletir juntos (pais, mães e futuros papais e mamães) sobre esse assunto tão importante para a paternidade e a maternidade. Vamos lá… 😉

Por que pensar na carreira e filhos?

Esse talvez seja um bom ponto de partida. Afinal, precisamos entender primeiro o motivo disso de associarmos o desenvolvimento profissional ao relacionamento familiar. Por que essa dor de cabeça?

Ora, pensar em carreira e filhos tem dois principais motivos:

  • Não dá para separar uma coisa da outra porque somos profissionais e pais e mães ao mesmo tempo. Principalmente no home office com filhos.
  • As duas pontas (trabalhar e ser pai hoje) exigem o nosso comprometimento e planejamento.

No meu caso, em que já tenho anos de experiência profissional e dois meninos, trabalho e paternidade se falam bastante. Até porque as duas experiências acabam exigindo algumas habilidades semelhantes:

  • Maturidade (para ser um pai e profissional com mais equilíbrio emocional).
  • Capacidade de ver em perspectiva (e entender que nada é para sempre).
  • Abstração e desapego (para saber quando deixar rolar).
  • Entrega (porque a careira e os filhos esperam isso).
  • Responsabilidade (afinal trabalhar e cuidar dos pequenos não é zoeira).

Há inúmeros outros pontos de contato entre ser pai e ter uma profissão. Mas, segundo a minha experiência, essas cinco características acima seriam as mais escancaradas. E as conexões entre elas também moldam o mercado de trabalho (para o bem e para o mal).

Homens mais “contratáveis”

Uma pesquisa da Universidade de Massachusetts, em Amherst, resultado de 15 anos de análises da disparidade salarial entre pais e mães, revelou que homens com filhos são mais “contratáveis” do que mulheres. Hoje, isso está mudando, inclusive com candidatas sendo contratadas mesmo grávidas (algo até muito tardio). Mas há muito chão pela frente.

Esse é apenas um exemplo claro de que maternidade (no caso prejudicada) e paternidade (infelizmente mais valorizada pelas empresas) estão intimamente ligadas à carreira.

Ou seja, é muito natural que pensemos no trabalho e nas crianças em diferentes momentos da vida.

Mulheres ainda levam a pior na hora de conciliar. Revista Exame

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Paternidade e maternidade são as carreiras mais importantes?

Antes de falarmos sobre possíveis atitudes e hábitos para conciliar o trabalho e a família, que tal nos perguntarmos algo transformador?

Pais e mães exercem as profissões mais importantes do mundo?

Sim? Não? Vamos pensar um pouco na “profissão” de ser pai ou mãe:

  • Pais trabalham 24 horas.
  • A paternidade e a maternidade são exercidas em casa, no escritório e na rua.
  • A nossa função é educar e orientar as novas gerações (e talentos).
  • Podemos inspirar as crianças para serem melhores adultos e profissionais.
  • Somos os maiores responsáveis de cultivar nos nossos “jovens aprendizes” os melhores valores sociais.
  • Os nossos benefícios dependem do time (se os filhos crescem conscientes, ganhamos todos).

Essa carreira é puxada, muito exigente, mas recompensadora. E justamente por isso ser pai e ser mãe é uma entrega – como é ser médico, jornalista, agente social etc.

Há muito romantismo em ter filhos, mas o fato é que sim podemos considerar a profissão de ser pai ou mãe como uma das mais importantes. E olha que há muita gente séria que pensa nisso, como o ex-presidente Barack Obama, dos Estados Unidos:

Como conciliar carreira e filhos então?

A internet está TRANSBORDANDO de dicas de como conciliar o trabalho e a vida em família. Por isso, há respostas de todos os tipos, como essa lista de um site chamado Lifehack (que poderia ser traduzido como macete de vida):

  • Faça do equilíbrio uma prioridade.
  • Alcançar o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional é um processo longo e frequentemente difícil.
  • Converse com sua família.
  • Permita que outros te ajudem.
  • Estabeleça limites entre trabalho e família.
  • Aceite que o desequilíbrio às vezes é inevitável.

Ou essa:

Uma de muitas listas de como conciliar a carreira e a família

Se essas listas são suficientes para você, então não perca mais tempo comigo e esse texto.

Mas, se assim como eu, acha que é pouco, podemos tentar encontrar possibilidades melhores. 😉

Entre a cruz e a caldeirinha

Essas listas tendem a minimizar um fato muito importante: o trabalho invade cada vez mais as nossas casas. E vice-versa. Ainda mais agora no home-office. Além disso, as pessoas têm expectativas muito elevadas em relação ao nosso desempenho nas duas pontas (em casa e no trabalho).

Nenhuma lista de como conciliar a vida profissional com a familiar será exatamente certeira. Isso porque tudo nesse assunto é diferente de uma receita de bolo. Não, você não resolve a questão assim:

  • Adiciono uma pitada de sal rosa do Himalaia no trabalho.
  • Separo, e deixo a família descansar.
  • Misturo tudo um tempo depois, e adiciono trufas brancas de Alba para ter o sabor perfeito.

Não, né?!

Sabemos todos que não é assim que funciona. Por mais que tentemos impor limites claros, falta justamente encontrar a clareza para fazer isso minimamente bem.

Por isso, em vez de buscar respostas prontas, vamos tentar pensar juntos.

Qual é o seu momento na carreira?

Essa é uma pergunta muito importante a se fazer. Você está no meio de um projeto importante para a empresa? Vai lançar um produto e por isso está tão ligado na firma? Ou está naquele momento de dar um gás para ganhar uma promoção?

Pode ser que precise dedicar mais horas para segurar o emprego. Ou gaste muito tempo no deslocamento para a empresa, mesmo nesta crise, o que tira tempo que passaria em casa. Nada é fácil na vida, muito menos ter um cargo.

Se estiver em uma dessas situações (ou outra parecida), é natural que a cabeça (e seu tempo) esteja mais no trabalho.

E aí vem a grande questão: você já explicou tudo isso para a(o) sua(eu) companheira (o)?

Chamou a molecada para conversar e contar a eles?

Talvez um dos gatilhos para a dificuldade de conciliar a carreira e a família seja a falta de comunicação. Ou seja, mais do que conversar, precisamos dialogar.

Um exemplo apenas de como o diálogo em família se perde: cada vez mais crianças reclamam de pais que só ficam no celular. Isso é o que mostra, por exemplo, uma pesquisa da ONG Common Sense Media divulgada pela Folha de S.Paulo.

No ano de 2016, 28% das crianças ouvidas disseram que estavam insatisfeitas com esse comportamento dos pais. Em 2019, esse número já havia subido para 39%.

Se a coisa anda assim, será que estamos conversando sobre a carreira em casa?

Carreira e paternidade precisam conflitar?

Temos a tendência de enxergar esse tema com uma certa queda para a problematização. Isso quer dizer o seguinte: trabalhar e ser pai em geral são motivos de preocupação, de coçada no queixo.

Mas vamos pensar um pouco nas mudanças do mercado de trabalho:

  • Pais são cada vez mais responsáveis por atividades domésticas e familiares, como levar os filhos à escola.
  • Muitos cargos de liderança hoje são ocupados por mulheres, que sempre precisaram conciliar a maternidade e carreira.
  • Ver homens hoje se atrasando ou saindo mais cedo por questões familiares é mais comum.
  • Nas milhares de reuniões on-line do home office, é muito natural ver crianças brincando, chorando e opinando. 😉
  • A própria licença-paternidade mudou para que pais tenham mais tempo com os filhos.

E esses são apenas alguns exemplos, uma vez que cada dia sai uma notícia favorável para os pais em relação à conciliação entre profissão e família.

Por isso, talvez carreira e paternidade não precisem caminhar em calçadas opostas. Elas podem se esbarrar e aprender a andar melhor juntas.

Pausar a carreira para cuidar dos filhos?

Por que não?! Se for uma escolha, marque esse golaço e seja muito feliz.

Ora, vimos que ser pai e mãe são duas das “profissões” mais importantes do mundo. Largar outra para assumir uma dessas, então, não deveria ser um dilema…

Quem tem a possibilidade de parar o que está fazendo para se dedicar aos filhos tem um privilégio do tamanho da lua. E daquela bem cheia, linda de admirar.

Empregos vêm e vão, sem dar oi ou dizer tchau.

Já a infância dos filhos é uma só. E ela passa bem rápido, como um pôr do Sol maravilhoso na praia.

Por isso, não se engane. Um bom emprego, com ótimo salário, é de fato muito tentador. Mas se você já puder afastar esse cálice e gritar bem alto que a paternidade vale mais, então solte a voz.

Faça esse barulho para e por você. E deixe de lado esse mito de que ninguém pode pausar a carreira pelos filhos. Até porque você não será o primeiro, sinto dizer. 😉

E a sua(eu) companheira(o) irá agradecer tanto quanto os pequenos.

Pais e a carreira das mães

Aqui, nós pais, precisamos ser sinceros e reconhecer que devemos evoluir muito mais.

Pense por um instante nas mulheres. Acorde na pele delas, tente organizar os milhões de pensamentos sobre o que vem pela frente no seu dia:

  • Revisar a alimentação das crianças,
  • Marcar a consulta de uma delas,
  • Não esquecer da geleia preferida da molecada na lista de compras,
  • Organizar as tarefas das próximas aulas on-line,
  • Deixar o almoço minimante organizado,
  • Não esquecer de finalizar a apresentação para a call de hoje,
  • Combinar com o(a) companheiro(a) as atividades domésticas da semana,
  • Tomar café porque já vai dar hora de bater ponto,
  • Ajeitar o cabelo e começar a primeira call do dia…

Reparou que essas podem ser apenas as primeiras horas matinais de muitas mulheres?! Imagine o dia inteiro nessa pegada…

Pois é. E muitos de nós pais podemos estar contribuindo para esse caos diário. O que, na prática, pode se refletir em um impeditivo para a ascensão profissional das mulheres, em vez da maternidade ou as atividades domésticas.

Atenção pais que não apoiam e jogam contra

Isso, por exemplo, é o que mostra uma pesquisa da Harvard Business School com cerca de 25 mil ex-alunos da escola de negócios.

70% dos homens entrevistados consideravam que suas carreiras teriam prioridade sobre a de suas companheiras.

Cerca de 40% das participantes já esperavam por isso.

E se você, pai e companheiro, ainda não está convencido do peso ou trampolim que pode ser para a carreira da sua companheira…

Veja este outro dado da mesma pesquisa:

Para 82% das mulheres entrevistadas, ter um companheiro de fato parceiro é a segunda coisa mais importante para o crescimento profissional. E atrás apenas do desenvolvimento de habilidades de liderança.

A boa influência dos filhos na carreira

Isso você já sabe: os filhos mudam a vida de qualquer pai e mãe. Mas o que talvez não seja tão óbvio é como eles mudam a carreira. E, na minha opinião, para melhor.

Vejamos como a profissão pode ser influenciada pelos filhos:

  • O sentido de responsabilidade aflora. Não levar o pão para casa já não é uma possibilidade.
  • As loucuras do trabalho perdem tamanho e importância. É em casa que as coisas importantes passam a acontecer de verdade. 😉
  • Filhos têm pensamento divergente. E isso nos ensina muito sobre criatividade no trabalho.
  • O risco de perder um emprego preocupa menos. Porque todo pai descobre que pode mais.
  • Com filhos, o foco muda. E isso é bom até para empresas: os funcionários se revigoram mais rápido.
  • Quem tem filho aprende a argumentar e contextualizar. Ou seja, duas qualidades para a carreira.

Há outros milhões de exemplos de como a paternidade é aliada do desenvolvimento profissional.

Positivo demais? Pode ser, mas que todos nos tornamos melhores profissionais por sermos pais, em pelo menos alguns aspectos, isso é fato.

Trabalhador com filhos é mais feliz?

Essa é uma ótima pergunta porque algumas pessoas pensam que sim, enquanto outras só veem impedimentos.

Mas que tal darmos a palavra a fontes isentas?

Uma pesquisa da Fundação Instituto de Administração (FIA), em parceria com o UOL, mostra que trabalhadores com filhos talvez sejam, sim, mais felizes.

O índice de clima organizacional para colaboradores com nenhum filho foi 86,6.

Para os que têm um, 88,4; e entre os que têm dois, 89,3. Já entre os com três filhos, 89,8.

Para Lina Nakata, professora da FIA, uma das hipóteses para os resultados é a maneira diferenciada como pais encaram o trabalho.

Ou seja, o trabalho deixa de ser o centro das atenções. E os maiores desafios passam a ser o cuidado e a educação dos filhos.

Lembra que dissemos no começo deste texto que ser pai e mãe talvez sejam as profissões mais importantes? 😉

Como a carreira pode impactar nos filhos?

Quantos de nós sentimos culpa por atrasar no trabalho e deixar os pequenos esperando? Ou por atender uma ligação mesmo nas férias para apagar um incêndio no trabalho?

Muitos de nós, verdade?

E tem também o mau humor às vezes, a ansiedade antes de uma reunião ou a cabeça no trabalho, mesmo quando estamos brincando com eles.

Uma pesquisa muito interessante realizada por Jeff Greenhaus, da Drexel University, e Stewart D. Friedman, da Wharton School, mostra uma relação direta entre a felicidade dos filhos e a maneira como seus pais encaram suas carreiras.

“Tanto para as mães quanto para os pais, descobrimos que a saúde emocional das crianças era maior quando os pais acreditavam que a família deveria estar em primeiro lugar, independentemente da quantidade de tempo que passassem trabalhando.”

Em um texto publicado na Harvard Business Review (HBR), Friedman conta ainda que a interferência do trabalho na personalidade do pai também contribui para problemas emocionais e comportamentais nos filhos.

Ou seja, precisamos estar muito atentos à nossa capacidade efetiva de filtrar o trabalho em casa.

Ainda que seja preciso fazer horas extras ou mesmo em períodos de mais ansiedade profissional, tentar manter os pequenos longe disso deve ser um cuidado a mais com eles.

Gestão de tempo entre carreira e os filhos: a solução está em casa

Não vou ficar aqui despejando regrinhas de como fazer a gestão ideal de tempo entre a carreira e os filhos. Até porque não estudei para isso.

Mas, sim, quero arriscar algumas palavras de pai para pai. Ou de adulto para adulto.

Nessa história de profissão e filhos, o fato é que precisamos estar mais disponíveis para os nossos pequenos porque eles são a solução.

E estar menos vidrados nos nossos chefes (que se forem boas pessoas sem filhos ou pais entenderão perfeitamente).

Ser pai é fazer escolhas, definir prioridades e combinar bem com os outros. Ou seja, tudo o que também se espera de um bom profissional.

Por isso, talvez já tenhamos todas as habilidades para conciliar bem carreira e filhos. E só nos falte pôr isso em prática efetivamente, com um plano claro, disciplina e entrega.

Com isso, quem sabe sejamos mais felizes em casa e no trabalho. Nossos filhos (e chefes) agradecem. 😉

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Cubo mágico para crianças: diversão que ensina https://oquevocefalou.com.br/cubo-magico-para-criancas/ https://oquevocefalou.com.br/cubo-magico-para-criancas/#respond Sat, 06 Mar 2021 21:18:44 +0000 https://oquevocefalou.com.br/?p=9460 A infância é uma sucessão de descobertas e de lembranças saborosas. E os brinquedos são grande parte disso, principalmente os que ficam na memória, como o cubo mágico para crianças e os nossos filhos. Colorido e muito instigante, o cubo de Rubik, como também é conhecido, rouba a atenção das crianças (e dos adultos, claro). No ...

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A infância é uma sucessão de descobertas e de lembranças saborosas. E os brinquedos são grande parte disso, principalmente os que ficam na memória, como o cubo mágico para crianças e os nossos filhos.

Colorido e muito instigante, o cubo de Rubik, como também é conhecido, rouba a atenção das crianças (e dos adultos, claro). No mínimo, pela curiosidade que desperta, com suas pecinhas coloridas que giram de um lado para outro. Mas também pelo seu valor educativo.

Na verdade, esse brinquedo que ganhou o mundo inteiro foi criado justamente para ajudar no aprendizado dos movimentos tridimensionais. E é isso o que vamos ver nesse post: como o cubo mágico pode ser muito divertido no desenvolvimento das crianças.

A origem do cubo mágico para crianças

Ernő Rubik (nascido em Budapeste, em 1944) concluiu o primeiro protótipo do seu cubo em 1974.  Ele o criou para demonstrar o movimento tridimensional aos seus alunos de arquitetura na universidade de Budapest.

Para isso, usou elementos bem simples para a sua ideia tão grandiosa: madeira, elásticos e clipes. 😉 Naquele momento, chamou sua invenção de Cubo Mágico (Buvos Kocka, em húngaro).

Nascia um quebra-cabeça incrível, mas também uma ferramenta poderosa de aprendizado, tanto para crianças quanto para adultos.

Percebendo que tinha criado algo especial, patenteou sua ideia já em 1975. Nos anos seguintes, mesmo com o interesse crescente das pessoas em seu país, Rubik não tinha a opção de exportar por causa do contexto da era comunista.

Ainda assim, sua invenção começou a ser conhecida em outros países em exposições e convenções de jogos e brinquedos. Foi assim em Londres, Nova York e Paris em 1979.

E justamente numa dessas convenções, precisamente em Nuremberg, que Tom Kremer, um especialista em brinquedos, deu de cara com o cubo mágico. Ele também se encantou e viu potencial, movendo em seguida seus pauzinhos para assinar uma licença de distribuição mundial.

Mas só a partir de 1980 que o nome Cubo de Rubik passou a ser usado, quando a empresa Ideal Toy Company formalizou o licenciamento comercial.

Pedido de patente feito por Rubik

De quem é hoje o cubo de Rubik?

Em janeiro de 2021, a fabricante canadense de brinquedos Spin Master Corp. adquiriu a Rubik’s Brand Ltd., até então proprietária da marca Cubo de Rubik, por US$ 50 milhões.

Com essa compra, a companhia, detentora das marcas infantis também famosas Paw Patrol, Hatchimals e Gund, é agora a “dona” do cubo mágico para crianças.

“Marcas como a do Rubik não surgem com tanta frequência. Sempre estamos em busca de marcas incríveis e a do Rubik estava pronta para a transição para uma nova fase”, disse Ronnen Harary, cofundador e co-CEO da Spin Master, à revista Forbes.

cubo mágico de Rubik

O que é o cubo de Rubik?

O cubo mágico é um ótimo quebra-cabeça tridimensional para crianças, com seis faces em cores diferentes, muito usado atualmente para diversão. Mas é também uma importante referência para a divulgação e a disseminação da metodologia de educação STEAM: sigla em inglês com as iniciais de Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática.

Apesar de a maioria das pessoas acharem que é só um brinquedo, desde o início Rubik queria ter uma ferramenta de ensino. Por isso, muitos detalhes são o resultado disso.

As cores tão características, por exemplo, têm um propósito. Em muitas de suas histórias sobre o processo de criação do cubo mágico, Rubik conta que precisava de marcadores em cada um dos quadradinhos (também chamados de cubies ou cubelets).

Afinal, isso seria fundamental para seus alunos aprenderem justamente sobre o movimento tridimensional. E foi dessa necessidade que ele teve a ideia de usar cores primárias em cada uma das faces do cubo. 😉

cubo mágico de Rubik

Benefícios do cubo mágico ao aprendizado dos filhos

A forte ligação da invenção de Rubik com a matemática é apenas uma das inspirações para o seu uso no desenvolvimento das crianças. Isso porque existem muitas outras possibilidades, inclusive para os pequenos de pouca idade.

Afinal, eles podem se divertir e tirar proveito para aprender, além de desenvolver a sua curva de aprendizagem.

O cubo mágico serve para bebês e crianças de até 2 anos?

Bebês, por exemplo, podem ter muita curiosidade por esse quebra-cabeça, mas sempre com o acompanhamento de um adulto.

É lógico que para eles será uma diversão para os olhos e para o tato. E não um objeto de desafio lógico. Até porque existem brinquedos muito mais apropriados para essa etapa da vida. Mas, mesmo assim, o cubo de Rubik atrai a atenção, prova da sua versatilidade. 😉

Depois de deixar de ser bebê e até completar dois anos, a criança pode se interessar ainda mais. Vejo isso de perto em casa porque o meu menor, de dois anos, já move as faces do cubo, imitando o seu irmão, nosso filho mais velho.

Por isso, mesmo na pouca idade, o cubo mágico é sim uma atração em si para os pequenos.

E por mais que eles não o vejam como um quebra-cabeça, o simples fato de se interessarem pelo seu formato, cores e movimentos já é uma contribuição para o desenvolvimento cognitivo.

Cubo de Rubik para as crianças de mais de 2 anos

Depois dos primeiros meses de vida, pode-se dizer que acontece uma redescoberta. Isso porque o desenvolvimento do raciocínio faz o cubo de Rubik deixar cada vez mais de ser só um monte de quadradinhos coloridos.

Com mais idade, as crianças começam a perceber que há algo mais por trás desse “brinquedo”. Ou seja, a função de quebra-cabeça começa a fazer mais sentido.

Mas é lógico que o interesse maior só acontece quando os pequenos têm um apoio para ver o cubo mágico com outros olhos. E é aí que entra a escola…

A partir dos 4 anos (e na sala de aula)

Dessa idade em diante, as coisas começam a ficar mais interessantes. Isso porque a escola pode ser um diferencial para um maior contato com o quebra-cabeça. De fato, há muitos casos de professores que usam o cubo mágico na sala de aula para enriquecer o aprendizado das crianças.

Aliás, esse é um bom tema para conversar com os professores. O quebra-cabeça pode ser um motivo a mais para a molecada estudar questões de matemática, geometria, medidas etc.

O clube do cubo mágico

A professora Sally Marin, da Ballenger Creek Elementary School, na cidade de Frederick, em Maryland, nos Estados Unidos, é um exemplo de educadora que resolveu complementar as suas aulas com o quebra-cabeça de Rubik.

Ela dá aula para estudantes que não têm o inglês como seu primeiro idioma. Além dos desafios da comunicação em algumas situações, ela percebia que seus alunos tinham pouco envolvimento com quebra-cabeças, jogos de palavras ou de tabuleiro.

Em um artigo publicado na revista TEACH Magazine, ela explica que foi o destino quem a aproximou do cubo mágico – e dos seus benefícios para as crianças. Ao visitar um aluno em sua casa, ela soube que o seu irmão era um fera no quebra-cabeça.

A ideia de fazer uma apresentação a toda a sua turma veio de imediato. E foi uma ótima decisão porque semanas depois, após contar com o suporte do programa educacional da Rubik’s Brand Ltd. (leia mais abaixo), ela criou um clube do cubo mágico na escola. \o/

cubo mágico de Rubik

Cubo para crianças com daltonismo

As cores são uma das principais características desse quebra-cabeça. Mas e quando a criança tem discromatopsia, mais conhecida como daltonismo? Lembrando que essa é uma condição que dificulta a distinção entre o vermelho e o verde e, menos frequentemente, entre o azul e o amarelo.

Aliás, o médico japonês Shinobu Ishihara criou, em 1917, o teste com o seu sobrenome para a detecção dessa condição, baseado em um conjunto de 38 placas como a da imagem abaixo (veja como enxergam as pessoas com daltonismo).

Exemplo de imagem usada em teste de daltonismo Ishihara

Por causa dessa condição, existem cubos mágicos adaptados.

Color Blind Cube Symbols
cubo mágico de Rubik

Como as crianças podem resolver o cubo mágico 3X3X3 (guia + vídeo)

Um ponto fundamental aqui é o incentivo e o lúdico. Ou seja, mostrar para os filhos como esse quebra-cabeça é divertido, independentemente de se será resolvido ou não. Um bom começo, principalmente com os mais pequenos, é fazer eles verem o cubo como um brinquedo mesmo.

Um brinquedo que, além do mais, é pode ser “solucionado”. 😉

Tutoriais para resolver o cubo mágico

A internet está lotada de tutoriais, vídeos e guias de como solucionar esse quebra-cabeça para crianças e adultos. Por isso, o ideal é beber da fonte, ou seja, seguir as orientações da própria Rubik’s Brand Ltd.

A marca tem um site dedicado ao You CAN Do the Rubik’s Cube, seu programa educacional com o objetivo estimular a vontade de novas gerações de solucionar desafios.

É ideal para os filhos aprenderem. Além de divulgar informação e oferecer guias, o programa também apoia escolas com, por exemplo, kits de cubos mágicos.

cubo mágico de Rubik

Passo a passo para resolver e montar AGORA o cubo mágico 😉

Guia oficial de solução do cubo de Rubik 3X3X3 (PDF)

Tutorial para resolver o quebra-cabeça (on line)

O cubo de Rubik no ensino de Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática

Para muitos professores, esse quebra-cabeça é uma ferramenta muito útil para o ensino de disciplinas de Exatas. Principalmente porque, como já visto neste texto, é um objeto que não só desperta a atenção das crianças e adolescentes, mas também é muito funcional para esse objetivo.

Dan Van der Vieren, por exemplo, é um professor de matemática que inovou e trouxe o cubo de fato para o dia a dia no ensino. E, justamente por isso, ele tem muitas experiências para compartilhar

Veja no vídeo abaixo, por exemplo: 👇👇👇

cubo mágico de Rubik

Qual é o formato mais comum do cubo mágico?

O formato mais mais comum é o de 3X3X3. Nessa versão, a impressão é de que o cubo é formado por 27 pequenos cubos.

Mas, na verdade, são 21 peças: uma peça principal em eixo (com os seis quadradinhos dos centros), oito peças de canto (cubos de canto) com três cores cada e 12 peças de borda (cubos de borda) com duas cores cada.

Por essas características,  o cubo mágico de Rubik é uma caixinha de surpresas pela quantidade enorme de combinações possíveis de suas peças.

Um quintilhão é um milhão de milhões de milhões
1 000 000 000 000 000 000 = 10 elevado a 18

O cubo 3X3X3 tem 43 quintilhões de combinações
43 252 003 274 489 860 000

Número das combinações possíveis do cubo mágico para crianças

Com tantas possibilidades, a criação de Rubik se consolidou como uma referência também para a ciência e, por isso, já foi capa da Scientific American em março de 1981.

Nessa edição da revista, o cientista Douglas Hofstadter, ganhador do Prêmio Pulitzer, disse que o cubo mágico é “uma das coisas mais incríveis já inventadas para o ensino de ideias de matemática”.

Capa e matéria da Scientific American sobre o cubo mágico

Atualmente, existem opções nos formatos 4X4X4, 5X5X5, 6X6X6 e impressionantes 33x33x33, por exemplo. Mas a verdade é que os apaixonados pelo quebra-cabeça encontram inúmeras variantes também em formas bem diferentes, como o de pirâmides.

Inclusive, existe um cubo de Rubik no formato da Torre Eiffel (no vídeo abaixo).

cubo mágico de Rubik

O maior cubo mágico do mundo no Guinness World Records

O fascínio das pessoas em torno do cubo de Rubik parece não ter limite.

Veja, por exemplo, o TAMANHO do maior cubo do mundo no livro dos recordes:

cubo mágico de Rubik

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Ser pai na pandemia https://oquevocefalou.com.br/ser-pai-na-pandemia/ https://oquevocefalou.com.br/ser-pai-na-pandemia/#respond Mon, 01 Feb 2021 23:34:17 +0000 https://oquevocefalou.com.br/?p=9433 Ser pai na pandemia pode ser uma oportunidade ou um desperdício da paternidade. Depende das escolhas que fizermos enquanto durar este momento esquisito da humanidade. Se escolhemos tirar proveito da situação, curtindo mais de perto os nossos filhos, então talvez seja a maior oportunidade das nossas vidas em muito tempo. Mas se decidimos encarar como ...

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Ser pai na pandemia pode ser uma oportunidade ou um desperdício da paternidade. Depende das escolhas que fizermos enquanto durar este momento esquisito da humanidade.

Se escolhemos tirar proveito da situação, curtindo mais de perto os nossos filhos, então talvez seja a maior oportunidade das nossas vidas em muito tempo.

Mas se decidimos encarar como um problema, aí é desperdiçar as chances de transformar a relação com os filhos para melhor.

Esse post é a uma tentativa de ver a coisa toda pelo lado positivo. E de desvendar quais podem ser as vantagens que o “novo normal” traz para nós pais.

A oportunidade de ser pai na pandemia

Responda sinceramente: tirando as mudanças práticas no dia a dia, como o home office e a vida mais enfurnados em casa, o que mais mudou no seu papel de pai?

De ruim, talvez só as coisas práticas, como o cansaço, a impaciência e a divisão de tempo menos clara entre o cuidado dos pequenos, a relação a dois e a rotina da casa.

Mas, na essência, nada deveria ser diferente. Afinal, seus filhos são os mesmos de sempre e o seu amor por eles continua igual, certo?

Ou seja, ninguém espera mais do que o que você já deveria ser: um pai dedicado. 😉

Por isso, ser pai na pandemia é mais do mesmo. E a boa notícia é que dá para tirar proveito, apesar dos pesares. 

Não tem receita de bolo para ser pai na pandemia

O tal “novo normal” trouxe mais intensidade a tudo, mesmo para as coisas mais banais, como comprar comida.

E isso é verdade também nas relações humanas, afinal estamos muito próximos (dentro de casa) e distantes ao mesmo tempo (videochamadas).

Uma maluquice sem tamanho, mas a maluquice que tem para hoje. O relacionamento com os filhos entra nessa conta.

Ou seja, o que já não tinha receita (ser pai), agora está ainda mais incerto (ser pai na pandemia).

O mundo está de pernas para o ar, girando no espaço e com a gente dentro.

Por isso, a paternidade também está mexida e tentando se encontrar em meio à nova realidade.

É certo que já deu para aprender alguma coisa: a arrumação perfeita da casa pode esperar; as crianças adoram ter os pais mais em casa; o trabalho parece não ter mais ponto; etc.

E esse aprendizado de quase um ano desde que a pandemia começou ajuda agora a vitaminar a paternidade.

Uma rotina familiar redonda

Um primeiro passo para aproveitar melhor a paternidade nesse momento é ter uma rotina minimamente definida. Já que passamos mais tempo em casa, com mais ansiedade, ter uma organização faz toda a diferença.

Alguns exemplos de rotina familiar são:

  • Combinar entre todos os horários da casa (refeições, banhos, hora de dormir, estudos etc.);
  • Divisão clara de tarefas (pôr e tirar a mesa das refeições, recolher o lixo, arrumar os brinquedos etc.);
  • Hora de brincar mais clara para os pequenos;
  • Tempo para exercícios (e gastar energia);
  • Definição de momentos coletivos (comidas, contar histórias, brincadeiras etc.)

Com uma rotina familiar bem definida, os pequenos têm mais facilidade de entender as coisas e nós podemos aproveitar melhor o tempo com eles.

Uma dedicação de verdade aos filhos

A dedicação aos filhos é talvez o calcanhar de Aquiles desse desafio de ser pai na pandemia.

Afinal, agora estamos mais unidos fisicamente e isso precisa se refletir de verdade em uma maior intensidade no relacionamento com os filhos.

De nada adianta não ter mais que perder horas no trânsito se você não consegue desligar o computador (ou a cabeça) depois do expediente. Sim, é certo que parece fácil dizer, mas devemos prestar atenção a esses pontos.

Com os pais em casa, as crianças esperam mais porque elas nunca tiveram essa oportunidade. Por isso, precisamos tentar realmente aproveitar o que o confinamento pode proporcionar.

Precisamos nos fazer algumas perguntas:

  • Dei mais qualidade à minha paternidade desde o início dessa crise global?
  • Já consigo conciliar melhor o tempo de trabalho com o da família?
  • Os pequenos se sentem mais acolhidos?
  • As crianças se sentem estimuladas, apesar das mudanças na rotina?

Essas são algumas das reflexões que todo pai deveria se fazer para revisar a dedicação aos filhos.

Porque temos uma ótima oportunidade de tirar proveito do momento, ou seja, melhorar a paternidade.

Home-office sem estresse

O trabalho em casa é um dos motivos mais citados por pais e mães que têm dificuldade para dar atenção aos filhos desde de que a crise começou.

E as notícias refletem isso:

Procura por babás aumenta 30% durante a pandemia

Sem escola, mais de 1,5 milhão de crianças estão em casa há 9 meses em SP

Também nesse caso é possível ver a situação de maneira positiva.

O home-office é intenso, cansativo e intrometido. Afinal, ele não respeita horários em vários momentos do dia e pode atrapalhar muito a rotina da família.

Não são raros casos de pessoas que passam manhãs e tardes inteiras passando da videoconferência para videoconferência por causa do trabalho remoto. E isso impacta na paternidade e na maternidade, claro.

Por isso, é importante também tentar colocar em prática melhores hábitos do home-office:

  • Ter instantes de descanso entre as reuniões;
  • Fechar a câmera para se alongar ou mesmo caminhar enquanto participa das videoconferências;
  • Cuidar da ergonomia (cadeira ideal, mesa apropriada e iluminação adequada, por exemplo);
  • Não se irritar com as interrupções dos pequenos;
  • Respeitar os horários de começo, almoço e fim do expediente;
  • Todo mundo sabe que não é fácil colocar tudo em prática.

O ideal é tentar encontrar o melhor equilíbrio para o trabalho remoto não ser o grande vilão da sua rotina familiar.

Essa mamata vai acabar

Como assim mamata? Desde quando ser pai na pandemia é uma mamata?

Não é, mas ter a oportunidade de estar efetivamente mais próximo dos filhos é, sim, uma novidade que não deve ser desperdiçada.

É muito provável que o mundo se recupere neste ano ou no próximo. As velhas ideias de todos trabalhando no escritório, tendo que se deslocar para isso, podem voltar. E, com elas, a rotina manjada de antes, em que estar juntos era mais difícil.

Agora que já foi possível aprender a viver mais em casa, trabalhar de casa e cuidar dos filhos em meio a tudo isso… Por que então abrir mão?

A melhor relação entre pais e filhos, o desenvolvimento das crianças mais conectado aos pais e a paternidade com home office são realidades agora.

E se custou tanto a aprender nos últimos meses, então melhor aperfeiçoar em vez de abrir mão, certo?

E sem esquecer: são os filhos que agradecem. 😉

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Medo infantil: o que não esquecer para apoiar https://oquevocefalou.com.br/medo-infantil/ https://oquevocefalou.com.br/medo-infantil/#respond Mon, 25 Jan 2021 16:56:36 +0000 https://oquevocefalou.com.br/?p=9344 Você tem medo de aranha, barata, altura ou de outra coisa? Sim, verdade? Por que então os seus filhos não devem sentir a mesma coisa? O medo infantil é uma das emoções mais autênticas. Mas como saber o que é normal e o que não é? Esse texto é justamente para vermos mais a fundo ...

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Você tem medo de aranha, barata, altura ou de outra coisa? Sim, verdade? Por que então os seus filhos não devem sentir a mesma coisa? O medo infantil é uma das emoções mais autênticas. Mas como saber o que é normal e o que não é?

Esse texto é justamente para vermos mais a fundo o que é o medo das crianças, suas possíveis causas e quando o medo infantil pode ser um alerta. Ou seja, é um post sobre empatia e a nossa capacidade de acolher melhor os filhos.

Até porque quanto mais informação melhor. Principalmente para os pequenos, que vão se sentir mais bem apoiados e compreendidos. 😉

O que não deixar de saber do medo infantil

Vamos tentar nesse post ter uma visão mais ampla (e sensível) sobre esse assunto tão importante para a paternidade:

O que é o medo infantil

O medo infantil é uma das emoções mais básicas das crianças porque faz parte da nossa essência sentir temor de determinadas situações e coisas. Mais do que isso, é um “recurso” humano de prevenção e de cuidado com o desconhecido, como objetos novos, ruídos e pessoas estranhas.

Sentir medo tem relação com a ansiedade, que contribui diretamente para a maneira como crianças e adultos reagem aos seus temores. Enquanto medo tem a ver com uma coisa ou situação específica, a ansiedade equivale a uma sensação de apreensão.

Por isso, reflita por um instantinho: o universo infantil é repleto de medos reais e imaginários. Nós passamos por isso quando éramos novos, e agora que somos pais é a vez de ver essa etapa da vida de outra perspectiva. 😉

Medos infantis mais comuns

  • Escuro e sombras;
  • cães ou outros animais grandes;
  • ficar sem companhia;
  • tomar injeções ou ir ao médico;
  • insetos;
  • altura;
  • ruídos estranhos ou altos (liquidificador, por exemplo);
  • monstros imaginários, como “aquilo” debaixo da cama.

Uma emoção hereditária

Uma pesquisa do Instituto Max Planck de Ciências Cognitivas e Cerebrais Humanas, em conjunto com a Universidade de Uppsala, por exemplo, mostra que medo de aranhas e cobras é hereditário.

Isso mesmo: os cientistas descobriram que mesmo bebês de até seis meses, com pouca ou nenhuma chance de ter visto estes animais, demonstraram sinais de medo pela dilatação de suas pupilas.

A dilatação da pupila de bebês (linha vermelha) é maior quando são mostradas imagens de aranhas e cobras. © MPI CBS

Ou seja, os nossos cérebros estão programados para nos proteger porque sentir medo é parte do processo evolutivo da espécie humana.

A história do medo infantil

Todos sentimos medo de alguma coisa porque é da nossa essência. Afinal, o medo é uma das emoções que nos acompanham há mais tempo, fundamental para a sobrevivência do Homo Sapiens.

Tente imaginar os nossos ancestrais sem medo nenhum, partindo para cima de qualquer animal feroz… Seria um desastre, e não estaríamos aqui.

Na prática, funciona assim: os nossos cérebros reagem às ameaças e emitem “alertas” ao nosso corpo para que possamos correr, nos defender ou estar mais alertas. Tem sido assim há séculos, motivo pelo qual até hoje as crianças demonstram medo infantil a determinadas situações ou coisas.

Circuito do medo no cérebro

E se é certo dizer que os nossos cérebros estão programados para sentir medo, isso acontece porque de fato temos um “circuito” interno para isso. Uma de suas partes mais consagradas (e entendidas) é a das amígdalas, dois pequenos caroços com um formato parecido ao de nozes.

Essas duas estruturas, encontradas em organismos mais complexos, têm a importante função de perceber o perigo e dar o sinal ao corpo de que é hora de sentir medo.

Mas as nossas defesas são mais complexas. Alguns pesquisadores do Laboratório de Psicobiologia da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, por exemplo, dissecaram bem esse cantinho do medo nas nossas cabeças.

Para eles, três estruturas muito antigas da evolução do cérebro desempenham papel fundamental para as nossas reações de defesa. Elas são o núcleo mediano da rafe, a parte dorsal da matéria cinzenta periaquedutal e os colículos inferiores.

Cada um exerce uma função:

  • O núcleo mediano da rafe associa lugares a temores recentes ou antigos, como um local em que fomos assaltados.
  • a parte dorsal da matéria cinzenta periaquedutal está relacionada à nossa reação instintiva de “congelar” de medo.
  • por sua vez, os colículos inferiores diferenciam sons que consideramos normais dos que nos causam temor.

Medo excessivo na infância

Quando pais e mães começam a entender melhor o medo infantil, percebem que é um assunto sobre afeto. Isso porque depende de nós apoiar os pequenos também nessa descoberta do crescimento.

Ou seja, ajudá-los a entender essa emoção tão básica dos humanos.

Ser pai hoje, nesse caso, é ter a empatia de se colocar no lugar dos filhos. Se eles demonstram medo do escuro, então é ajoelhar, olhar nos olhos, abraçar e tentar acalmar. Portanto, é uma questão de acolher. 👏👏👏

Mas quando um medo (ou medos) se torna persistente e extremo, além de dirigido, pode acontecer de a criança ter um medo excessivo (ou fobia).

Nesses casos, o temor pode se desdobrar em outras consequências, como a vontade de não sair de casa por causa de um medo excessivo de cachorro, por exemplo.

Medo infantil “normal” e fobia

A diferença entre um medo “normal” e uma fobia é o grau de ansiedade e se ela é alta por muito tempo. De qualquer forma, apenas médicos especializados podem dar um diagnóstico correto.

Algumas fobias comuns em crianças, segundo o Boston Children’s Hospital, são a:

  • animais;
  • sangue;
  • escuro;
  • locais fechados;
  • viagens em avião;
  • ficar doente;
  • ter parentes doentes ou machucados;
  • altura;
  • insetos, aranhas e cobras;
  • agulhas (tomar injeção);
  • trovão e relâmpago.

Diálogo, apoio e carinho

O afeto e o acolhimento são fundamentais para o cuidado dos pequenos quando sentem medo infantil. Afinal, é quando precisam de fato de apoio para compreender melhor o que estão sentindo.

Daí que o diálogo vira uma ferramenta ideal. Como dito antes, é ajoelhar, olhar nos olhos e escutar porque estão sentindo temor.

E dessa escuta precisamos tentar contribuir para que consigam compreender o que é o medo de fato. Afinal, ser um bom pai é justamente ter conversas difíceis com os pequenos.

Não é dos desafios mais fáceis da paternidade que acolhe, até porque nossos filhos podem precisar de tempo para superar seus medos.

Posts recentes

Como lidar com o medo infantil

Assim como em quase tudo na paternidade, tentar entender é fundamental para contribuir ao desenvolvimento dos pequenos.

Por isso, o caminho das pedras aqui não precisa ser tortuoso. Pelo contrário…

Compreender o medo dos filhos

Parece óbvio, mas quantas vezes nos precipitamos no cuidado dos filhos? Sim, ouvir o que eles têm a dizer e tentar entender é o ponto de partida para lidar com o medo infantil.

E isso tem a ver com dar atenção, escutar e então apoiar. Assim como nós adultos, que às vezes só queremos desabafar, as crianças têm a necessidade também de apenas abrir coração.

Mas lógico que um(a) especialista deve ser procurado(a) sempre que alguma ponta ficar solta. Afinal, pode ser algo mais complexo como uma fobia.

Acalmar para dar acolhimento

Um abraço faz milagre, assim como um simples carinho. Quando alguém tem medo (e não só as crianças), um dos melhores antídotos é o acolhimento.

Isso porque assim fica mais fácil se acalmar e desviar a atenção para outras emoções mais positivas.

Ou seja, as críticas, deboches, reprimendas, descaso ou até omissão devem ficar de fora.

Cuidado com o que você fala

Tente lembrar quantas vezes você falou para os filhos coisas como essas:

— Não toque nisso! Você pode se machucar.

— Se você comer isso, vai ter dor de barriga!

— Não saia agora porque um raio pode cair.

São frases de certa maneira do dia dia, sem complexidade ou mistério. Mas são também um exemplo de como as palavras podem contribuir para o medo infantil. Ou mesmo a nossa atitude superprotetora, como fazem os pais de helicóptero.

Com a crise da pandemia isso tem ainda mais significado. Apesar das nossas boas intenções paternas e maternas, podemos de alguma maneira contribuir para os filhos ficarem com medo de vírus e bactérias, por exemplo.

O medo infantil até os 2 anos

Nessa idade, os medos da infância mais comuns são a:

  • Ruídos e barulhos;
  • desconhecidos;
  • não ter os pais por perto;
  • animais (cachorros, gatos, pássaros, insetos etc.);
  • situações fora de rotina.

Medo infantil até os 3 anos

Depois dos dois anos, os temores mais comuns podem mudar:

  • Luzes fortes;
  • sons que inspirem medo;
  • conceitos de bruxas, magia, monstros etc.;
  • notícias ou histórias em livros;
  • escuro ou ambientes com pouca iluminação.

Quando procurar ajuda?

Nós pais somos especialistas nos nossos pequenos porque os conhecemos nos mínimos olhares, sentimentos e choros. 😄

Mas isso não quer dizer que temos todas as respostas. Por isso, é sempre necessário buscar ajuda especializada quando já não somos capazes de resolver sozinhos as questões.

Em uma entrevista ao GZH, por exemplo, o psicanalista Julio Cesar Walz, por exemplo, diz que “deixar uma criança chorando por muito tempo, sozinha, não é educação, mas desamparo”.

Para ele, devemos ser os mediadores entre os nossos filhos e seus medos, justamente porque os conhecemos bem. Ou seja, isso inclui procurar ajuda quando necessário. Até porque podemos ser pais muito dedicados, mas não somos senhores do universo.

E muito menos da vida dos nossos pequenos.

Livros sobre medo infantil

E porque não lidar com tudo isso com leveza? Nesse sentido, a leitura é uma formidável amiga tanto para nós país quanto para a molecada.

Alguns livros são ótimos para entendermos melhor o tema:

E boas leituras! 😉

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