Valor das coisas

Qual é o valor das coisas? Essa é uma das perguntas mais difíceis que pais e mães têm para responder aos filhos. Por isso, Artur e Bento, vou tentar esclarecer alguns pontos para que vocês fiquem menos à deriva quando se interessarem por este tema. 😉

Uma das maiores contradições da vida, meninos, é precisar pagar até pelo que dá na terra, como um pé de alface ou um cacho de bananas. No passado, sociedades inteiras tentaram fazer de outro jeito com o coletivismo horizontal ou vertical, em oposição ao individualismo. Mas não deu certo, e hoje precisamos aprender desde crianças sobre o assunto.

A primeira lição é de que existem dois tipos de coisas:

  • as que nós podemos tocar (também chamadas de tangíveis), como brinquedos e casas;
  • e as que não vemos ou pegamos (intangíveis), como os sentimentos.

Essa é uma divisão estranha para toda criança, uma vez que tudo na infância é um tanto abstrato em termos de valor, seja o preço de um sorvete, seja a valia de um carinho.

A boa notícia é que isso muda com a idade. As dúvidas diminuem à medida que nos familiarizamos com alguns conceitos.

Podemos seguir? 🚀

 

O valor das coisas e o preço das coisas

Existe uma diferença grande entre valor e preço. Em linhas gerais, o valor representa a quantidade de dinheiro que estamos dispostos a dar por qualquer coisa (tangível ou intangível). Já o preço é a quantia de dinheiro que nos pedem por ela.

Um vendedor pode querer me cobrar 50 dinheiros por um prato de comida. Esse é o seu preço. Mas posso achar que a mesma refeição não vale tudo isso.

Ou seja, o preço é arbitrário, enquanto o valor tem um fundamento (o quanto o agricultor investiu, por exemplo, para produzir e transportar os alimentos até a cidade).

Tudo isso tem a ver com um personagem central nesta história de dar valor às coisas: o 💰 dinheiro 💰.

O que é o dinheiro?

O dinheiro anda de mãos dadas com o valor e o preço das coisas. Ele é todo um caso… Por isso, precisamos falar um pouco do seu passado para entendermos porque é tão popular hoje.

Nós podemos sentir e ver as notas e as moedinhas que guardamos no cofrinho 🐷 . Ou seja, o dinheiro é coisa tangível. Mas ele é fruto da imaginação humana, o que é intangível.

Complicado, né?!

O dinheiro é uma ficção coletiva (como especialistas gostam de dizer). Talvez até a invenção mais bem-sucedida da humanidade, atrás somente da religião.

O dinheiro substituiu os grãos, as vacas e outros bens tangíveis nas trocas, facilitando as relações comerciais à medida que a sociedade foi se complicando nas relações de comércio.

O dinheiro é prático, mas o seu jeito de ser continua obscuro.

“O dinheiro não é nada objetivo. É uma história coletiva que contamos uns aos outros sobre valor. Uma ficção coletiva. E este é um conceito muito poderoso.”

👇👇👇

Educação financeira sem obsessão

Houve uma época em que todo o dinheiro dos países tinha uma equivalência em barras de ♦️ouro♦️ (de novo, em algo tangível). Era o chamado “padrão ouro“.

Hoje, no entanto, quase não tocamos em notas ou moedas. Ou seja, o dinheiro está retornando cada vez mais à sua essência: é mais uma ideia (não tangível) do que necessariamente algo que tocamos no dia a dia.

Além disso, é também uma inspiração para muitas pessoas. Elas se programam para ter mais, aprendem desde cedo o be-a-bá da educação financeira e poupam como regra de vida.

Tudo bem que seja assim, desde que não vire obsessão. Vocês crianças vão descobrir, com a minha ajuda e a da mamãe, a cuidar dos seus dinheirinhos.

Mas muita gente se perde no caminho. Quando isso acontece, o preço das coisas passa a fazer mais sentido para as suas vidas do que o valor das coisas.

 

Valores mais importantes

Os valores mais caros não têm preço. Eles podem ser a empatia pelo outro, a honestidade consigo mesmo ou o compromisso com as amizades, por exemplo.

Existem milhões de livros com visões diferentes sobre o valor das coisas. Cada autor escreve algo diferente do outro sobre este assunto. Mas o que de fato importa são as experiências de vida.

Infelizmente, os nossos valores mais urgentes em sociedade estão conectados com os objetos – e não com os sentimentos.

Por isso, a ansiedade está presente em nossas vidas com muita frequência, em vez da tranquilidade.

No geral, as nossas relações são definidas e saturadas por coisas, quando deveriam ser fortalecidas pelas sentimentos mútuos.

O preço de uma geladeira ou de uma bicicleta não é definido pelo ♥️ coração ♥️. Mas só o coração pode dar a medida de valor de um abraço ou de uma música que escutamos juntos.

Entendem a diferença, meninos?

Teste de conhecimento, meninos

Para vocês descobrirem se entenderam alguma coisa do que escrevi para vocês, escutem o disco abaixo 👇👇👇 e pensem se ele tem preço ou valor. 😉

3 comentários em “Valor das coisas”

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