Engatinhar, encaixar pecinhas, tomar suco de canudinho, falar, ler e nadar no mar são algumas habilidades que as crianças aprendem tentando e errando. Mas, antes de acertar, elas precisam avançar na sua curva de aprendizagem.
E ela pode ser mais longa ou mais curta, dependendo do desafio. Isso porque as curvas de aprendizado, meus pequenos Artur e Bento, são parte da vida porque a vida em si é um grande execício do aprender. 😀
Por isso, vamos descobrir aqui um pouco mais sobre como nós seres humanos aprendemos. Afinal, pais e filhos estão sempre descobrindo novas experiências. E essa é a magia do crescimento e da dinâmica da paternidade. Vamos navegar nesse novo conhecimento?
A história da curva de aprendizagem
Foi o psicólogo alemão Harmann Ebbinghaus quem inventou o termo em 1885. Na verdade, ele é o pioneiro nos estudos experimentais sobre a memória, testando sua própria capacidade de lembrar e esquecer.
No texto científico Über das Gedachtnis, ele apresentou sua ideia da curva de aprendizagem e da curva de esquecimento.
Ao estudar como aprendemos, ele demonstrou por tabela como esquecemos. Ou seja, a curva de esquecimento deixa mais claro como podemos perder as lembranças com o tempo.
Os estudo de Ebbinghaus são, na verdade, essenciais para nos entendermos como espécie e como indivíduos. Afinal, falam da nossa capacidade tão humana de absorver conhecimento, mas também de perdê-lo ao longo das nossas vidas.
Mas o que é essa curva de aprendizagem?
Como Ebbinghaus, todos somos curiosos. Vocês, crianças, adoram uma novidade, Artur e Bento. É da natureza humana. E essa curiosidade faz com que exploremos continuamente nossos sentidos. Ou seja, estamos sempre aprendendo – literalmente!
Curva de aprendizagem é um conceito que demonstra como absorvemos o conhecimento. Inicialmente, o progresso é lento. Mas ele aumenta à medida que praticamos. É quando o retorno (ou recompensa) à nossa disposição em aprender é mais alto.
“Uma curva de aprendizado é a correlação entre o desempenho de um aluno em uma tarefa, por exemplo, e o número de tentativas ou tempo necessário para concluir a tarefa. E isso pode ser representado em um gráfico como uma proporção direta.”
Novidade de aprender x tempo
Mas a intensidade de assimilação da nova habilidade ou informação cai à medida que o tempo passa. Isso porque nos adaptamos, uma vez que o cérebro passa a se acostumar à novidade. Em vez de aprendizagem, tudo começa a se transformar em repetição.
Ou seja, quanto melhor nos tornarmos em algo, menos aguda é a curva de aprendizado. Nesse ponto, podemos dizer que atingimos o ponto alto do conhecimento daquilo que estamos aprendendo.
Por isso, temos uma sensação muito boa quando escalamos coisas novas. Mas o prazer perde fôlego assim que atingimos o platô, onde a nossa curva mais parece uma reta.
A curva de aprendizagem no dia a dia
Meninos, as curvas de aprendizado estão aí para vocês subirem às alturas. Sem medo ou preguiça. Porque o conhecimento é algo maravilho, desde os pequenos até os mais transformadores.
E lembrem que recebemos da natureza um bem incrível: o nosso cérebro. Ele é o seu grande companheiro nesta aventura, principalmente na primeira infância.
O cérebro é um supercomputador que a natureza deu de presente para todos nós. E ele é faminto por descobertas, o que também é um grande presente da evolução. 😉
Mas tem uma coisa, meninos: assim como o corpo, o cérebro precisa se exercitar. Daí a importância de vocês jamais perderem o desejo por cada vez mais conhecimento.
Como pais e mães podem ajudar
Se a curva de aprendizagem está ligada ao cérebro, que precisa se exercitar, uma boa relação entre pais e filhos é fundamental.
Veja alguns exemplos de como pais e mães podem ajudar no desenvolvimento do aprendizado dos filhos:
- Um lar harmonioso é uma condição fundamental para o desenvolvimento da curva de aprendizagem.
- Da mesma maneira, condições básicas de conforto e sobrevivência também contam.
- Os pais têm o papel fundamental de estimular o interesse pelo conhecimento.
- Além disso, têm os meios para proporcionar conhecimento, tanto por meios materiais quanto pela experiência de vida.
- Isso tem a ver também com a descoberta dos pequenos como indivíduos e membros da sociedade em que vivem.
Como escalar a curva de aprendizagem
Mesmo quem atinge o platô precisa continuar aprendendo. Sempre há mais a aprender. A curva de aprendizagem pode até perder inclinação e parecer mais fácil de escalar em algum momento, mas ela continua subindo.
Por isso, a vida é mais estimulante com horizontes sempre abertos. Mesmo que estejam em matas fechadas ou em meio à fumaça do dia a dia, tentem expandir sua visão.
Hoje, escolas estão cada vez mais estimulando o autoconhecimento como caminho para o aprendizado e para a consciência da diversidade. E é uma ótima trilha a percorrer.
Façam das suas curvas de aprendizagem percursos gostosos de desbravar. Tracem suas rotas, cheguem mais longe, conquistem novos destinos.
Assim, vocês verão os anos passarem com mais sabor e diversão. 😀