O que será que as pesquisas e os especialistas falam sobre como conciliar melhor carreira e filhos? Isso é o que vamos descobrir juntos neste post. **SPOILER**: você tem a solução em casa. \o/
Porque todo pai e mãe têm momentos de pensar na profissão e na relação com as crianças (principalmente as mulheres, infelizmente, por causa de tudo o que já sabemos). E eles podem ser mais ou menos duros, dependendo da condição de cada um. Ou do peso que damos.
Ou seja, não existe uma receita de bolo aqui, muito menos guias ou manuais para download. Mas isso não quer dizer que não possamos refletir juntos (pais, mães e futuros papais e mamães) sobre esse assunto tão importante para a paternidade e a maternidade. Vamos lá… 😉
Esse talvez seja um bom ponto de partida. Afinal, precisamos entender primeiro o motivo disso de associarmos o desenvolvimento profissional ao relacionamento familiar. Por que essa dor de cabeça?
Ora, pensar em carreira e filhos tem dois principais motivos:
No meu caso, em que já tenho anos de experiência profissional e dois meninos, trabalho e paternidade se falam bastante. Até porque as duas experiências acabam exigindo algumas habilidades semelhantes:
Há inúmeros outros pontos de contato entre ser pai e ter uma profissão. Mas, segundo a minha experiência, essas cinco características acima seriam as mais escancaradas. E as conexões entre elas também moldam o mercado de trabalho (para o bem e para o mal).
Uma pesquisa da Universidade de Massachusetts, em Amherst, resultado de 15 anos de análises da disparidade salarial entre pais e mães, revelou que homens com filhos são mais “contratáveis” do que mulheres. Hoje, isso está mudando, inclusive com candidatas sendo contratadas mesmo grávidas (algo até muito tardio). Mas há muito chão pela frente.
Esse é apenas um exemplo claro de que maternidade (no caso prejudicada) e paternidade (infelizmente mais valorizada pelas empresas) estão intimamente ligadas à carreira.
Ou seja, é muito natural que pensemos no trabalho e nas crianças em diferentes momentos da vida.
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Antes de falarmos sobre possíveis atitudes e hábitos para conciliar o trabalho e a família, que tal nos perguntarmos algo transformador?
Pais e mães exercem as profissões mais importantes do mundo?
Sim? Não? Vamos pensar um pouco na “profissão” de ser pai ou mãe:
Essa carreira é puxada, muito exigente, mas recompensadora. E justamente por isso ser pai e ser mãe é uma entrega – como é ser médico, jornalista, agente social etc.
Há muito romantismo em ter filhos, mas o fato é que sim podemos considerar a profissão de ser pai ou mãe como uma das mais importantes. E olha que há muita gente séria que pensa nisso, como o ex-presidente Barack Obama, dos Estados Unidos:
A internet está TRANSBORDANDO de dicas de como conciliar o trabalho e a vida em família. Por isso, há respostas de todos os tipos, como essa lista de um site chamado Lifehack (que poderia ser traduzido como macete de vida):
Ou essa:
Se essas listas são suficientes para você, então não perca mais tempo comigo e esse texto.
Mas, se assim como eu, acha que é pouco, podemos tentar encontrar possibilidades melhores. 😉
Essas listas tendem a minimizar um fato muito importante: o trabalho invade cada vez mais as nossas casas. E vice-versa. Ainda mais agora no home-office. Além disso, as pessoas têm expectativas muito elevadas em relação ao nosso desempenho nas duas pontas (em casa e no trabalho).
Nenhuma lista de como conciliar a vida profissional com a familiar será exatamente certeira. Isso porque tudo nesse assunto é diferente de uma receita de bolo. Não, você não resolve a questão assim:
Não, né?!
Sabemos todos que não é assim que funciona. Por mais que tentemos impor limites claros, falta justamente encontrar a clareza para fazer isso minimamente bem.
Por isso, em vez de buscar respostas prontas, vamos tentar pensar juntos.
Essa é uma pergunta muito importante a se fazer. Você está no meio de um projeto importante para a empresa? Vai lançar um produto e por isso está tão ligado na firma? Ou está naquele momento de dar um gás para ganhar uma promoção?
Pode ser que precise dedicar mais horas para segurar o emprego. Ou gaste muito tempo no deslocamento para a empresa, mesmo nesta crise, o que tira tempo que passaria em casa. Nada é fácil na vida, muito menos ter um cargo.
Se estiver em uma dessas situações (ou outra parecida), é natural que a cabeça (e seu tempo) esteja mais no trabalho.
E aí vem a grande questão: você já explicou tudo isso para a(o) sua(eu) companheira (o)?
Chamou a molecada para conversar e contar a eles?
Talvez um dos gatilhos para a dificuldade de conciliar a carreira e a família seja a falta de comunicação. Ou seja, mais do que conversar, precisamos dialogar.
Um exemplo apenas de como o diálogo em família se perde: cada vez mais crianças reclamam de pais que só ficam no celular. Isso é o que mostra, por exemplo, uma pesquisa da ONG Common Sense Media divulgada pela Folha de S.Paulo.
No ano de 2016, 28% das crianças ouvidas disseram que estavam insatisfeitas com esse comportamento dos pais. Em 2019, esse número já havia subido para 39%.
Se a coisa anda assim, será que estamos conversando sobre a carreira em casa?
Temos a tendência de enxergar esse tema com uma certa queda para a problematização. Isso quer dizer o seguinte: trabalhar e ser pai em geral são motivos de preocupação, de coçada no queixo.
Mas vamos pensar um pouco nas mudanças do mercado de trabalho:
E esses são apenas alguns exemplos, uma vez que cada dia sai uma notícia favorável para os pais em relação à conciliação entre profissão e família.
Por isso, talvez carreira e paternidade não precisem caminhar em calçadas opostas. Elas podem se esbarrar e aprender a andar melhor juntas.
Por que não?! Se for uma escolha, marque esse golaço e seja muito feliz.
Ora, vimos que ser pai e mãe são duas das “profissões” mais importantes do mundo. Largar outra para assumir uma dessas, então, não deveria ser um dilema…
Quem tem a possibilidade de parar o que está fazendo para se dedicar aos filhos tem um privilégio do tamanho da lua. E daquela bem cheia, linda de admirar.
Empregos vêm e vão, sem dar oi ou dizer tchau.
Já a infância dos filhos é uma só. E ela passa bem rápido, como um pôr do Sol maravilhoso na praia.
Por isso, não se engane. Um bom emprego, com ótimo salário, é de fato muito tentador. Mas se você já puder afastar esse cálice e gritar bem alto que a paternidade vale mais, então solte a voz.
Faça esse barulho para e por você. E deixe de lado esse mito de que ninguém pode pausar a carreira pelos filhos. Até porque você não será o primeiro, sinto dizer. 😉
E a sua(eu) companheira(o) irá agradecer tanto quanto os pequenos.
Aqui, nós pais, precisamos ser sinceros e reconhecer que devemos evoluir muito mais.
Pense por um instante nas mulheres. Acorde na pele delas, tente organizar os milhões de pensamentos sobre o que vem pela frente no seu dia:
Reparou que essas podem ser apenas as primeiras horas matinais de muitas mulheres?! Imagine o dia inteiro nessa pegada…
Pois é. E muitos de nós pais podemos estar contribuindo para esse caos diário. O que, na prática, pode se refletir em um impeditivo para a ascensão profissional das mulheres, em vez da maternidade ou as atividades domésticas.
Isso, por exemplo, é o que mostra uma pesquisa da Harvard Business School com cerca de 25 mil ex-alunos da escola de negócios.
E se você, pai e companheiro, ainda não está convencido do peso ou trampolim que pode ser para a carreira da sua companheira…
Veja este outro dado da mesma pesquisa:
Isso você já sabe: os filhos mudam a vida de qualquer pai e mãe. Mas o que talvez não seja tão óbvio é como eles mudam a carreira. E, na minha opinião, para melhor.
Vejamos como a profissão pode ser influenciada pelos filhos:
Há outros milhões de exemplos de como a paternidade é aliada do desenvolvimento profissional.
Positivo demais? Pode ser, mas que todos nos tornamos melhores profissionais por sermos pais, em pelo menos alguns aspectos, isso é fato.
Essa é uma ótima pergunta porque algumas pessoas pensam que sim, enquanto outras só veem impedimentos.
Mas que tal darmos a palavra a fontes isentas?
Uma pesquisa da Fundação Instituto de Administração (FIA), em parceria com o UOL, mostra que trabalhadores com filhos talvez sejam, sim, mais felizes.
Para Lina Nakata, professora da FIA, uma das hipóteses para os resultados é a maneira diferenciada como pais encaram o trabalho.
Ou seja, o trabalho deixa de ser o centro das atenções. E os maiores desafios passam a ser o cuidado e a educação dos filhos.
Lembra que dissemos no começo deste texto que ser pai e mãe talvez sejam as profissões mais importantes? 😉
Quantos de nós sentimos culpa por atrasar no trabalho e deixar os pequenos esperando? Ou por atender uma ligação mesmo nas férias para apagar um incêndio no trabalho?
Muitos de nós, verdade?
E tem também o mau humor às vezes, a ansiedade antes de uma reunião ou a cabeça no trabalho, mesmo quando estamos brincando com eles.
Uma pesquisa muito interessante realizada por Jeff Greenhaus, da Drexel University, e Stewart D. Friedman, da Wharton School, mostra uma relação direta entre a felicidade dos filhos e a maneira como seus pais encaram suas carreiras.
“Tanto para as mães quanto para os pais, descobrimos que a saúde emocional das crianças era maior quando os pais acreditavam que a família deveria estar em primeiro lugar, independentemente da quantidade de tempo que passassem trabalhando.”
Em um texto publicado na Harvard Business Review (HBR), Friedman conta ainda que a interferência do trabalho na personalidade do pai também contribui para problemas emocionais e comportamentais nos filhos.
Ou seja, precisamos estar muito atentos à nossa capacidade efetiva de filtrar o trabalho em casa.
Ainda que seja preciso fazer horas extras ou mesmo em períodos de mais ansiedade profissional, tentar manter os pequenos longe disso deve ser um cuidado a mais com eles.
Não vou ficar aqui despejando regrinhas de como fazer a gestão ideal de tempo entre a carreira e os filhos. Até porque não estudei para isso.
Mas, sim, quero arriscar algumas palavras de pai para pai. Ou de adulto para adulto.
Nessa história de profissão e filhos, o fato é que precisamos estar mais disponíveis para os nossos pequenos porque eles são a solução.
E estar menos vidrados nos nossos chefes (que se forem boas pessoas sem filhos ou pais entenderão perfeitamente).
Ser pai é fazer escolhas, definir prioridades e combinar bem com os outros. Ou seja, tudo o que também se espera de um bom profissional.
Por isso, talvez já tenhamos todas as habilidades para conciliar bem carreira e filhos. E só nos falte pôr isso em prática efetivamente, com um plano claro, disciplina e entrega.
Com isso, quem sabe sejamos mais felizes em casa e no trabalho. Nossos filhos (e chefes) agradecem. 😉
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